RESUMO: Este artigo é parte de uma pesquisa realizada em diversas empresas instaladas no Brasil. Serão citadas importantes metodologias, nos quais, os setores elaboraram em meio à crise econômica do país. Foram destaques em conceituadas fontes de informações. Entre as empresas será citado: a Ambev, a Whirpool Latin America, o Grupo Volkswagen, a Bom Bril, a Renault, a Unilever, Bunge, entre outras. Contudo, o objetivo principal é mostrar maneiras de vender o produto com a inflação disparada.
PALAVRA-CHAVE: empreendedorismo; crise; inflação.
INTRODUÇÃO
O ano de 2015 não foi muito fácil pra ninguém. Com as modificações na bolsa de valores, inflação alta e os altíssimos impostos houve prejuízos em muitos países e perde quem tem a moeda mais inferior. Segundo a TOV Corretora, o Real ( R$ ) foi a segunda moeda que mais se desvalorizou nos últimos 12 meses, perdendo apenas para a moeda da Rússia.
Conseqüentemente, houve milhares de desempregos. Multinacionais saíram do Brasil como a Microsolft de Manaus, Nintendo, entre outras. O setor automobilístico teve a produção interrompida pelo declínio de vendas. Diversos setores lojistas reduziram suas redes comerciais. Houve investimentos neutralizados como a nova fabrica da Honda que não foi inaugurada diante da crise, instalada em Itirapina, interior de São Paulo.
Entretanto, diante de qualquer crise, toda empresa busca o melhor método para recuperar seus prejuízos e evoluir seu crescimento. Porém, muitas vezes falta empreendedorismo. Avaliando esse ponto crítico, decidimos compartilhar alguns exemplos que muitas empresas exerceram para superar os diversos problemas que impactaram sua economia.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
- INFLAÇÃO ALTA
Através dos dados da bolsa de valores, identifica – se uma enorme diferença entre a inflação. De 2011 á 2014, o Dólar teve um acréscimo de R$ 0,1415 por ano. Compreende – se como uma economia regular, facilitando investimentos entre diversos países.
Mas, em 2015, o dólar surpreendeu o mercado mundial e impactou fortemente a economia do Brasil. Em Janeiro de 2015, 1 Dólar ( US$ ) valia aproximadamente 2 Reis e 68 Centavos ( R$ ). Porém, não foi o suficiente. A moeda norte – americana cresceu ainda mais, registrando uma referência histórica. O Dólar fechou o mês de Setembro valendo 4 Reais e 11 Centavos ( R$ ). Sendo assim, o Dólar superou o crescimento que antes tinha desenvolvido durante 4 anos.
Na cotação de valores, o Euro também se destacou. Desde 1999, ano em que os países europeus adotaram como moeda oficial, nunca houve tal resultado em que o Euro superasse o valor de 4 Reis ( R$ ) sobre a moeda brasileira.
Diante desta turbulência econômica, negociações entre diversos países ficarão mais complicadas. Até mesmo a China, que recentemente conquistou um alto patamar em desenvolvimento econômico, teve uma desaceleração surpreendente e, como o Brasil tem uma grande participação em negócios com a China, contratos de novas importações e exportações foram altamente alterados em questão de valores.
Ou seja, o Brasil precisa produzir aproximadamente 4 vezes mais para atender as demandas de exportações internacionais e trabalhar aproximadamente 7 vezes mais para o seu lucro sustentável e comprar importações de outros países.
- CRISE ECONOMICA
Diante da inflação disparada, muitos setores jurídicos se desinstalarão do Brasil. No Rio de Janeiro, segundo a pesquisa do Centro de Estudos do Clube dos Diretores Lojistas da capital ( CDLRio ) e a Junta Comercial, de Janeiro a Maio foram fechadas mais de 3.290 lojas devido ao alto preço dos aluguéis.
O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação divulgou que 7.313 empresas cessarão suas atividades no Pará, sendo que a avaliação do ano anterior tinha registrado 629 empresas diante da mesma situação.
Segundo os dados do Empresômetro, cerca de 6.444 micros e pequenas empresas interromperão seus negócios no Maranhão. No Espírito Santo não foi diferente! Citado pela Junta Comercial do Estado, 1565 empresas fecharão as portas no 1° Semestre de 2015.
Algumas multinacionais pretendiam investir no país e foram neutralizadas. A grande maioria decidiu realizar uma reestruturação interna para continuar garantindo sua existência no mercado. A decisão comum foi a redução da mão de obra. Praticamente, todos os setores realizarão cortes de funcionários e isso gerou mais uma preocupação, o Seguro – Desemprego.
Dessa forma, o governo elaborou um acordo com as empresas para interromper o alto numero de demissões que estava acontecendo no país. A proposta foi de reduzir a jornada de trabalho e o salário dos trabalhadores em momentos de crise. Fazendo uma analise geral, quem mais pereceu durante essa turbulência foi a classe baixa. Aqueles que lutam para sustentar uma família, quem sabe, com um ou dois salários mínimos.
A reestruturação econômica fez com que algumas multinacionais se desinstalassem do Brasil em 2015, como a Nintendo que saiu do país questionando os recursos insustentáveis para seus negócios. Numa matéria publicada pelo site G1, na data 09/01/2015, o diretor e gerente geral da America, Bill van Zyll, relatou: “ O Brasil é um mercado importante para a Nintendo e lar de muitos fãs apaixonados mas, infelizmente, desafios no ambiente local de negócios fizeram nosso modelo de distribuição insustentável. ”
- INOVAÇÕES EMPRESARIAIS
Diante desses fatos sócio-econômicos, algumas empresas decidiram investir em novas metodologias para não perderem seus clientes e manter a qualidade de seus produtos / serviços. Decidiram arriscar em planos sobre custo e benefícios. Com novos métodos, tais empresas não conseguiram recuperar toda a economia do país, mas criaram para si e refletiram no mercado uma estabilidade econômica.
Com o alto preço da gasolina e outros combustíveis, a multinacional Bunge integrada ao agronegócio revelou uma vantajosa expectativa para a safra de 2016/17. O grande investimento aplicado seria sobre a produção da bio-energia e o açúcar. Segundo avalistas, a safra da empresa que será iniciada em Abril de 2016, terá o Brasil como o produtor mais competitivo do mundo do etanol. O presidente executivo, Soren Schroder, afirmou: “ A demanda pelo etanol no Brasil tem sido forte; o recente aumento dos preços da gasolina tem dado suporte aos preços do etanol; e a significativa desvalorização do real colocou novamente o Brasil em seu lugar de tradicional produtor de açúcar de baixo custo no mundo.”
O índice de crescimento acumulado obtido pela empresa entre Janeiro á Setembro de 2015, através das vendas do etanol foi de 42,2% no Brasil, sendo avaliado como 13,14 bilhões de litros. Esse resultado tem incentivado empreendedores a retomarem investimentos sobre a área.
Outras empresas, tais como a fabricante de eletrodomésticos Whirpool Latin America e a fabricante de bebidas Ambev, optaram por um novo modelo nos negócios, reconhecido como o Joint Venture: a união entre duas ou mais empresas já existentes com o objetivo de iniciar uma atividade econômica comum, por um determinado período de tempo e visando, dentre outras motivações, o lucro.
Com esse novo método, lançaram um produto inovador no mercado. Após avaliar a popularidade de cafeteiras eletrônicas, decidiram desenvolver a Brastemp B. Blend, uma máquina que possui mais diversas cápsulas responsáveis de ofertar 10 tipos de bebidas quentes e frias, oferecendo aproximadamente 20 sabores diferentes. Além de refrigerantes outras bebidas da Ambev deveram entrar no portfólio da B. Blend. Assim todo resultado gerado pelo produto inovador, oferece o lucro de 50% á cada matriz.
A maior cervejaria do mundo AB InBev, reconhecida no Brasil como Ambev visou uma grandiosa aquisição em meio a crise. Pretendendo expandir seus negócios na América Latina, Ásia e África do Sul, a AB InBev ofertou 109 bilhões de dólares a segunda maior cervejaria classificada no ranking mundial, SAB Miller. Essa mega fusão entre as empresas somaria aproximadamente 400 marcas produzidas pelo mundo, ou seja, o objetivo do acordo era criar uma empresa fabricaria cerca de um terço da cerveja mundial. Segundo especialistas, só nos Estados Unidos, a AB InBev e a SAB Miller detém 70% do mercado. Assim, este mega negócio causaria um mega impacto no setor industrial.
Outra forte alternativa no mercado foi abater o preço por um volume mais econômico. Estratégia muito acatada pelas fabricantes de alimentos e produtos de limpeza; duas campeãs que se destacaram foram a Danone e a Bom Bril. Houve diversas formas de vender o produto nesta estratégia, como: Brindes, Maior volume pelo menor preço, entre outras formas. Com essa estratégia tais empresas garantiram a fidelidade de seus clientes e as primeiras posições do mercado consumidor.
A conceituada Unilever fabricante de bens de consumo concentrou seus esforços em uma famosa marca que já era conhecida pelo consumidor e campeã de vendas nos anos 80. Lançaram novamente no mercado em Maio/2015 o soverte Chantibon. Assim, o vice – presidente de alimentos e bebidas da Unilever, João Campos, afirmou: “ O custo do desenvolvimento foi equivalente ao de um produto novo mais a marca Chantibon já era forte e decidimos que seria a opção menos arriscada. ”
Muitos setores automobilísticos tiveram greves improvisadas. A impossibilidade das vendas era comum para muitas concessionárias e isto causou uma forte queda na produção das fabricas. As montadoras de veículos que não fizeram as greves realizaram reduções do quadro de operários. Era comum, observar os pátios das montadoras com excesso de produtos sem a demanda comercial.
Neste cenário, o Grupo Volkswagen decidiu vender seus produtos onde a moeda estava mais forte. Em Julho de 2015, a montadora alemã superou os resultados e ultrapassou a montadora japonesa, Toyota, classificada constantemente em 1º lugar de vendas mundiais.
Esse grande destaque foi possível por que o Grupo Volkswagen é uma sociedade econômica de valiosas marcas internacionais, tais como: Ducati, Audi, Seat, Skoda, Bentley, Bugatti, Lamborghini, Porsche, MAN, Scania e a própria marca, Volkswagen.
Portanto, pode – se observar uma sociedade com ampla variedade de produtos e dificilmente todas as marcas estariam em decadência. Acredita – se que marcas valiosas foram vendidas na China, durante sua potente economia. As marcas luxuosas venderam aproximadamente 10 milhões de veículos e o lucro quase triplicou 12,7 bilhões de euros.
” A Volkswagen está capturando a coroa de vendas em tempos difíceis com os maiores mercados automobilísticos em declínio,” disse o chefe do centro de gerenciamento automotivo, um grupo de pesquisa próximo a Colônia, Stefan Bratzel.
Em outro período anterior, o Grupo Renault evoluiu muito no mercado brasileiro. Tal crescimento foi o resultado da estratégia baseada em 3 fundamentos: Renovação e ampliação da gama de veículos, Expansão da rede de concessionárias e o Aumento da capacidade produtiva.
Percebe – se que os veículos ficaram mais modernos, esportivos, confortáveis e mais potentes. Sugiram modelos novos como Duster, Sandero, Logan, entre outras. Como o SUV Duster foi bem vendido no mercado conquistando muitos consumidores, o Grupo Renault lançou em 2015 mais um produto inovador, a sua primeira picape Duster Oroch, sendo a pioneira diante de uma nova categoria intermediária entre picapes compactadas e médias. Segundo a Editora Auto Esporte, a Duster Oroch já recebeu o premio sendo a picape do ano 2016, pela sua inovação.
A Duster Oroch também será produzida na nova fabrica localizada em São José dos Pinhais, PR. Uma das maiores entre a companhia. Como parte do projeto, a fabrica foi ampliada para superar a produção e houve ótimos resultados. A produção que antes gerava 280 mil veículos passou a fabricar 380 mil veículos por ano após ser reinaugurada em 2011.
Como a produtividade aumentou o setor comercial também cresceu. Então o Grupo Renault multiplicou suas concessionárias no mercado, conquistando mais territórios aonde antes não era reconhecida. Essa multiplicação comercial envolveu até mesmo revendedoras terceirizadas. Dessa forma, a Renault se destaca á cada dia no mercado oferecendo qualidade e compromisso aos seus clientes.
- PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
O tema dessa pesquisa foi escolhido devido á fatos que sempre acontece, crise econômica. Os dados do projeto foram coletados através de revistas como: Editora Exame, Época Negócios, entre outras; além disso, vários sites colaboraram para nossa pesquisa na internet, como: BBC Brasil, G1, Jornal Cana, Folha de São Paulo, entre outras.
Logo abaixo temos o cronograma das atividades e do prazo utilizado sobre o projeto:
| Atividades | Agosto | Setembro | Outubro | Novembro | Dezembro |
| Escolha do Tema | X | ||||
| Elaboração do Projeto | X | ||||
| Primeira Versão do Artigo | X | X | |||
| Entrega da Versão Final do Artigo | X |
( Cronograma: Prazo e Atividades desde o Projeto de pesquisa ao Artigo )
- DESCRIÇÃO E ANALISE DOS DADOS
Diante dessas informações absorvidas no artigo, temos as seguintes conclusões que orientam as empresas alguns métodos eficientes para vender seus produtos / serviços em meio á crise.
- Investigue á procura do consumidor;
- Ofereça variedades de produtos / serviços;
- Crie novos benefícios que ainda não exista no mercado;
- Sejam freqüentes nas promoções, atendendo á todos os consumidores;
- Elabore uma produção altamente sustentável;
- Amplie – se no mercado;
- Crie ou associe – se á um grupo empresarial que oferecem diversidade de produtos / serviços.
- Invista em qualidade;
- Mantenha o investimento em produtos / serviços que fizeram sucesso na empresa;
- Motive e qualifique a equipe de trabalho. Faça com que eles tenham prazer em fazer parte da empresa. Através de uma eficiente liderança, busque novas metodologias entre a equipe de colaboradores, no qual, tem o contato direto com a produção.
- CONSIDERAÇÕES FINAIS
A elaboração deste artigo relata uma série de acontecimentos vivenciados aproximadamente entre 2010 á 2015 no mundo dos negócios. Todas as informações foram coletadas por diversos jornais neste período de 5 anos. Para um bom pesquisador é necessário estar atualizado com o que esta acontecendo no dia a dia, identificar os problemas e indicar as devidas soluções.
O principal objetivo deste projeto é despertar o empreendedorismo entre as empresas. Ampliar a visão no mundo dos negócios e apresentar soluções criativas que podem sim neutralizar a crise. Que este tema ainda possa ser trabalhado futuramente trazendo crescimento no mercado e solucionando os diversos problemas que sempre aparecem durante os processos.
Por Irisnaldo Martins de Moura, Leonardo Santana Mordono
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