Os números de veículos emplacados em agosto permaneceram inalterados em relação a julho deste ano, de acordo com informações da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE). A única categoria que experimentou uma redução foi a de automóveis, devido à conclusão do programa de carros populares do Governo Federal. Por outro lado, houve um aumento no registro de motocicletas. Esse quadro de estabilidade pode ser atribuído à diminuição na busca por novos modelos, devido ao poder de compra limitado e às condições de crédito disponíveis.
Em relação aos números de emplacamento, a FENABRAVE observa que, apesar dos recursos do programa de carros populares terem se esgotado em julho, a estabilidade pode ser atribuída, em parte, ao registro tardio de alguns modelos, ocorrendo somente em agosto. Não obstante, os dados revelam uma queda de quase 9% nos números de automóveis em relação ao mês anterior.
No entanto, destaca-se o crescimento de aproximadamente 25,3% no número de veículos eletrificados emplacados em agosto, totalizando 27.851 unidades no ano. Além disso, as motocicletas também apresentaram um aumento considerável, com quase 16% a mais em relação a julho.
O presidente da FENABRAVE, Andreta Jr., atribui a queda no número de emplacamentos de automóveis à escassez de oferta e à restrição na concessão de crédito. Embora o interesse por esses veículos tenha aumentado durante a vigência do programa do carro popular, a situação reverteu-se após o término da iniciativa, resultando em condições de crédito menos favoráveis.
O presidente da FENABRAVE, Andreta Jr., enfatiza que as Medidas Provisórias tiveram um papel significativo em estimular temporariamente o mercado automotivo. No entanto, o declínio nas vendas de automóveis em agosto, agravado pela deterioração das condições de crédito, ressalta a importância de uma política de incentivo à indústria a longo prazo.
Ela também destaca que os números de agosto foram superiores aos registrados no mesmo mês de 2022, com um aumento de 13,7%. No entanto, naquele período, o cenário não era positivo devido à guerra na Europa, à escassez de peças e ao aumento nos preços dos combustíveis.
No que diz respeito ao aumento das vendas de motocicletas, Andreta Jr. relaciona esse crescimento às opções de crédito e financiamento mais favoráveis, tornando as motos uma alternativa atraente para os consumidores.
Para resolver esses desafios, o presidente da FENABRAVE destaca a importância de estabelecer um programa de fomento à indústria a longo prazo. A Federação está atualmente estudando projetos que serão apresentados ao Governo Federal, visando tornar os veículos mais acessíveis para os consumidores de menor renda. Isso inclui medidas como a redução de preços, o aumento da disponibilidade de crédito e o incentivo à descarbonização do setor automotivo.
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