Nos Estados Unidos, pesquisadores identificaram dois casos possíveis, mas preocupantes, de humanos afetados pela Doença Debilitante Crônica (CWD), mais conhecida como “doença do cervo zumbi”. Até então, não se sabia que essa condição, provocada por príons encontrados em cervos, alces ou veados, pudesse ser transmitida para humanos.
Os dois caçadores norte-americanos, anteriormente diagnosticados com doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) — uma condição neurológica provocada por príons que afeta o sistema nervoso central, resultando em sintomas similares aos da demência com rápida progressão — agora levantam a hipótese de terem contraído a CWD após consumir carne de cervo contaminada.
Os príons, que são proteínas com formas disfuncionais, também estão associados à Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecida como “mal da vaca louca”, cuja transmissão entre espécies após o consumo de carne contaminada é conhecida.
O que é a “Doença do Cervo Zumbi”?
A expressão popular “doença do cervo zumbi” refere-se à CWD, uma condição causada por príons. Os cervos afetados por essa doença podem apresentar instabilidade, tropeços frequentes e magreza extrema. Além disso, podem ocorrer diversos danos neurológicos e mudanças de comportamento à medida que a doença progride.
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Apesar do risco de transmissão de doenças por príons de cervos para humanos ser considerado baixo, especialmente quando não há contato com o sangue ou tecido nervoso do animal, é necessário manter cautela e vigilância.
Casos nos EUA
Os pesquisadores da Universidade do Texas em San Antonio (UTSA) analisaram recentemente os casos dos dois caçadores dos EUA. Um homem de 72 anos, que buscava ajuda médica devido a confusão mental e mudanças de comportamento, foi identificado como o primeiro caso. Seu amigo, que também era caçador e consumia carne de cervo, faleceu de DCJ pouco antes.
Após a descoberta de que o grupo de cervos caçados pelos homens estava doente com CWD, os pesquisadores sugerem uma possível nova forma de transmissão da doença de animais para humanos.
Agora, é crucial uma investigação mais aprofundada sobre os riscos potenciais do consumo de carne de cervos infectados e seus impactos na saúde pública.
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