Nesta quarta-feira (24), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou o projeto que confirma o processo de banimento do TikTok no país. Agora oficialmente uma lei, a medida proíbe que uma companhia de origem chinesa como a ByteDance mantenha uma plataforma digital operando na região.
O projeto de lei fazia parte de um pacote de ajuda financeira para países aliados dos EUA e aqueles em conflito, como Israel e Ucrânia. Após aprovação na Câmara dos Representantes e no Senado, Biden deu o sinal positivo para a assinatura desde o início.
Devido à natureza emergencial das medidas, o projeto foi votado junto com outros, evitando atrasos.
O que acontecerá com o TikTok nos EUA?
A ByteDance tem nove meses (com possível extensão de mais 90 dias) para decidir o próximo passo. Uma opção é manter o TikTok em operação até o final do aviso, quando será proibido.
Atualmente, o TikTok conta com 170 milhões de usuários nos EUA e mais de 7 milhões de negócios que dependem da plataforma. Todos esses usuários seriam afetados pela proibição, prevista para março de 2025.
Outra alternativa é vender as operações do TikTok para uma empresa ou grupo de investidores, preferencialmente dos EUA, como a Oracle, que já lida com os servidores de dados dos usuários na região.
Posição do TikTok
O TikTok declarou ao TecMundo que considera a lei inconstitucional e planeja contestá-la na justiça. A empresa afirma ter investido bilhões de dólares na segurança dos dados dos EUA e na proteção da plataforma contra influências externas.
O CEO do TikTok, Shou Chew, prometeu lutar contra a medida e tranquilizou a comunidade, mas criticou a lei e rejeitou classificações mais suaves para a ação.
“Isso é mais do que um simples banimento. É um banimento direto ao TikTok, a você e à sua voz (…) Muitos dos defensores do projeto de lei reconhecem que o objetivo final é banir o TikTok”, afirma o executivo.
O CEO observa a ironia na aprovação, destacando que vai contra os valores fundamentais de liberdade de expressão tão prezados nos Estados Unidos e respeitados pela plataforma. Ele compartilha o desapontamento deste momento, mas ressalta que não é o fim definitivo.
“Não vamos desistir. Estamos confiantes e vamos lutar pelos seus direitos nos tribunais. Os fatos e a Constituição estão do nosso lado e acreditamos que prevaleceremos novamente”, conclui Chew, confirmando o compromisso contínuo de investimento do TikTok no país.
De acordo com The Verge.
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