Existem inúmeras espécies de plantas e animais que ainda não conhecemos, e pode ser que demoremos ainda a conhecer. O mesmo também pode ser dito em relação aos minerais, e para ilustrar, o exemplo vem da Rússia.
Uma equipe de pesquisadores liderada por Stanislav Filatov, especialista em cristais – cristalógrafo – da Universidade de São Petersburgo, encontrou uma nova integrante para o mundo dos minerais: a petrovita. Além de ser bonita de se ver, a petrovita pode impulsionar avanços em baterias de última geração para produtos eletrônicos.
O mineral azul brilhante foi descoberto em uma paisagem vulcânica, formada por grandes erupções ocorridas nas décadas de 1970 e 2010 na Península de Kamchatka, na Rússia. “Este território é único em sua diversidade mineralógica”, disse a Universidade em comunicado nesta terça-feira, dia 17 de novembro. “Nos últimos anos, pesquisadores descobriram dezenas de novos minerais aqui, muitos dos quais são únicos no mundo”. Complementa a Universidade.
Seu nome, petrovita é em homenagem a outro cristalógrafo da Universidade de São Petersburgo, o também russo Tomas Petrov. A equipe publicou um estudo sobre a petrovita na revista Mineralogical Magazine em outubro passado.
Esse é um mineral interessante porque é um tanto quanto esquisito em sua composição e estrutura. “O mineral consiste em átomos de oxigênio, enxofre de sódio e cobre, que formam uma estrutura porosa”, explicam os pesquisadores. “Os vazios estão conectados uns aos outros por canais, através dos quais seus átomos de sódio relativamente pequenos então se movem”.