Em um estudo publicado em 24 de novembro na revista Matter, pesquisadores liderados pelo Prof. Luo Jianlin, do Instituto de Física da Academia Chinesa de Ciências (CAS), apresentaram evidências sólidas de que o LK-99 não é supercondutor, refutando assim alegações anteriores de supercondutividade.
Alegações Anteriores de Supercondutividade em LK-99: Um Cenário Desafiador
Sukbae Lee e colegas da Coreia do Sul afirmaram anteriormente que o LK-99 se comporta como um supercondutor à pressão ambiente, com uma temperatura crítica (Tc) de até 127°C (400 K). A notícia inovadora animou cientistas e o público nas redes sociais devido ao seu potencial impacto na tecnologia.

Um Fenômeno Viral: Desafios na Replicação e Perguntas Puzzling
Conforme relatado pela Nature News, as alegações sobre a suposta supercondutividade do LK-99 tornaram-se uma sensação viral, desencadeando inúmeros esforços de replicação por cientistas e amadores.
Vários grupos tentaram replicar os resultados, mas nenhum forneceu evidências diretas de supercondutividade. A questão mais intrigante é o que causa a acentuada queda na resistividade e por que isso ocorre apenas em algumas amostras.
Impurezas e Transições Estruturais: Descobertas Essenciais no Estudo
No presente estudo, os pesquisadores observaram que o LK-99 gerado por Lee e colegas continha uma certa quantidade de impureza de Cu2S, que passa por uma transição de fase estrutural de uma estrutura hexagonal em alta temperatura para uma estrutura monoclínica em baixa temperatura, por volta de 400 K.
Eles descobriram que a resistividade do Cu2S diminuiu em três a quatro ordens de magnitude em torno de 385 K, próxima à temperatura de transição relatada em referências.
Além disso, mediram a resistividade da mistura de LK-99 e Cu2S, identificando uma transição acentuada na resistividade na temperatura consistente com as descobertas relatadas, mas sem resistência zero.
É importante notar que essa transição estrutural de primeira ordem difere significativamente da transição supercondutora de segunda ordem.
Como resultado, os pesquisadores observaram comportamento de histerese térmica nas medições de resistividade e susceptibilidade magnética, confirmando que é uma transição de primeira ordem e não pode ser uma transição supercondutora de segunda ordem.
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