O Itaú revelou a tecnologia Inteligência Itaú, que utiliza inteligência artificial generativa para facilitar transações e interações com os clientes. O lançamento começa a ser testado em novembro com 5 mil consumidores. Segundo o CIO Ricardo Guerra, a tecnologia chegou a um nível que o banco considera seguro para uso, como explicado em entrevista coletiva com a presença do Tecnoblog.
A solução permite que os clientes utilizem tanto texto quanto áudio. É possível enviar mensagens escritas, encaminhar informações ou gravar áudios com comandos e cálculos matemáticos.
Exemplos de funcionalidades:
- Um cliente recebe uma mensagem de um amigo com o valor total de despesas de um final de semana. Ele encaminha a mensagem para o WhatsApp do Itaú, que realiza o cálculo e sugere uma transação financeira.
- Uma cliente grava um áudio solicitando que um Pix seja enviado para um determinado contato. A IA interpreta o pedido e sugere a operação.
Para essas interações, será necessário informar os números de telefone dos contatos mencionados nas mensagens. A Inteligência Itaú poderá memorizar essas associações e, no futuro, integrar-se à lista de consumidores já cadastrados no banco. Essa funcionalidade será incluída em atualizações futuras da ferramenta.
O Pix com inteligência artificial do Itaú segue um modelo similar ao adotado por empresas como PicPay e Magie, utilizando LLMs (Modelos de Linguagem de Grande Escala) para interpretar a linguagem natural dos usuários. Já o Banco do Brasil também realiza operações via mensageiro, porém sem integrar tecnologia de inteligência artificial.
Durante a apresentação, executivos do Itaú explicaram que a instituição testa e aplica diferentes LLMs, aproveitando suas especialidades para usos específicos. Entre os modelos mencionados na conversa com jornalistas estão o Claude e o ChatGPT.
Para usar o Pix via WhatsApp, os clientes precisarão ativar a funcionalidade pelo super app do Itaú. Após essa autorização inicial, não será necessário realizar biometria ou outros processos de verificação de identidade. A Inteligência Itaú, em sua fase inicial, permitirá transações com limite diário de R$ 200, e o banco enfatiza que o cliente sempre dará a autorização final para cada operação.
Quando questionado sobre a responsabilidade em caso de possíveis “alucinações” da IA generativa, o CIO Ricardo Guerra afirmou que os protocolos de segurança são os mesmos aplicados às transações realizadas via SAC. Caso algum erro aconteça, o Itaú assumirá a responsabilidade e cobrirá eventuais prejuízos.
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