O alcance real das células de íons de lítio podem atingir mais de 3,5 milhões de quilômetros rodados em sua vida útil.
Segundo o professor universitário Jeff Dahn, pesquisador-chefe da montadora, as baterias continuam com bom desempenho mesmo após 10 mil ciclos de carga e recarga. Como o alcance de cada ciclo é de aproximadamente 350 km, resta multiplicar os valores para chegar ao resultado de 3,5 milhões de quilômetros.
A pesquisa do professor também considerou o desempenho a diferentes níveis de recarga, e é nesse aspecto que os resultados foram mais impressionantes. Segundo os estudos, as células de íons de lítio apresentaram ainda mais longevidade quando não foram 100% carregadas e descarregadas a cada ciclo.
Os dados ficam mais fáceis de se interpretar quando trazidos para o mundo real. Considerando a utilização diária dos veículos elétricos, como o trajeto de ida e volta para o trabalho, dificilmente as baterias são descarregadas a 0%. Na prática, pesquisas mostram que a maioria dos motoristas americanos percorre menos de 50 quilômetros por dia.
Entretanto, mesmo depois de mais de 15 mil ciclos, as baterias apresentaram pouca ou nenhuma degradação quando foram descarregadas entre 25% a 50% de sua capacidade. Ainda segundo os pesquisadores, mantê-las sempre entre 20% e 80% de carga faria com que elas durassem potencialmente para sempre.
Elon Musk, CEO da Tesla, nunca pára e tem planos ambiciosos. Um deles é lançar uma frota de táxis robóticos cuja utilização será bem maior que a dos veículos de usuários comuns. Nesse caso, uma bateria que durasse milhões de quilômetros é de grande valia.
Para finalizar, Musk já mencionou que baterias de longa duração são fundamentais para outros programas da Tesla, como o Powerwall (destinado para uso doméstico), Powerpacks (uma espécie de “Powerwall melhorado” para uso comercial) e para os caminhões elétricos Tesla Semi.
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