Primeiro traje espacial inédito desenvolvido pela NASA em mais de 40 anos, a Unidade de Mobilidade Extraveicular de Exploração (ou apenas xEMU), que deve ser utilizada na próxima missão lunar tripulada, já está em fase de testes. Mesmo que não tenha sido finalizada, tudo segue dentro do cronograma, afirma George Nield, representante da NASA.
Com previsão de construção de ao menos cinco conjuntos – e um deles deve entrar em operação ainda em dezembro deste ano. O segundo passará por testes de qualificação, enquanto o terceiro entrará em órbita na Estação Espacial Internacional. Os outros dois serão as vestimentas utilizadas por astronautas durante a missão Artemis 3, em 2024, na qual aventureiros pisarão na superfície do satélite natural da Terra, algo que não ocorre desde 1961.
Uma roupa de resfriamento interno já se encontra em desenvolvimento, sendo que o protótipo dela, ainda segundo Nield, já está pronto. Existe outra necessidade relacionada à atualização do Sistema de Suporte à Vida Portátil, semelhante a uma mochila, que os astronautas carregam para sobreviver, também a ser desenvolvida.
Não pense que o potencial do xEMU é avaliado apenas por computadores. No Laboratório de Flutuação Neutra, localizado no Centro Espacial Johnson, que pertence à NASA, astronautas vestem o projeto e se atiram em uma grande piscina, utilizada para simulações de caminhadas espaciais e capaz de reproduzir diferentes níveis de gravidade, como a de um sexto da Lua e à presente na baixa órbita do nosso planeta.
Submersos, exploradores têm a oportunidade de experimentar a sensação de se mover em um traje espacial e de como é manipular ferramentas durante suas missões. Estudar movimentos de rochas e poeira lunares, subir e descer escadas e até colocar uma bandeira são tarefas frequentemente realizadas. “Temos experiência com a Estação Espacial Internacional, mas precisamos determinar como vamos treinar a tripulação para as operações de superfície durante essas missões específicas”, explica Daren Welsh, líder de testes de caminhada no espaço.
“Este teste inicial ajudará a determinar o que pode auxiliar no desenvolvimento de hardware e de requisitos para futuros treinamentos e missões relacionados à Artemis”, finaliza o pesquisador.
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