O kernel Linux 6.14 foi lançado trazendo diversas melhorias, incluindo um suporte aprimorado para chips AMD Ryzen AI e compatibilidade com novas arquiteturas. No entanto, um detalhe inusitado marcou esse lançamento: ele ocorreu com um dia de atraso simplesmente porque Linus Torvalds esqueceu de anunciá-lo.
Como mantenedor principal do Linux, Torvalds tem a tradição de liberar novas versões do kernel aos domingos. Porém, desta vez, o anúncio só aconteceu na manhã da segunda-feira seguinte, 24 de março. Diferente de outros casos em que atrasos ocorrem devido a viagens ou compromissos e são comunicados previamente, desta vez não houve qualquer aviso.
No próprio comunicado de lançamento, Torvalds admitiu de maneira bem-humorada que o atraso foi fruto de um simples esquecimento:
“Então, é segunda-feira de manhã cedo (bem cedo para mim, eu não sou uma pessoa realmente matinal), e eu adoraria ter uma boa desculpa para não ter feito o lançamento do [kernel] 6.14 ontem na minha programação regular de domingo à tarde.
Eu queria dizer que alguma coisa importante surgiu de última hora e atrasou as coisas. Mas não. É apenas pura incompetência. Pois absolutamente nada de última hora aconteceu ontem, e eu estava apenas esclarecendo algumas coisas não relacionadas (…). No processo, esqueci completamente de realmente fazer o lançamento.”
Apesar do episódio curioso, o pequeno atraso não causou impacto negativo na comunidade. O caso apenas reforça que até mesmo em projetos sérios e altamente organizados, como o Linux, eventos inesperados podem acontecer.
Novidades do Linux 6.14
O Linux 6.14 chega trazendo diversas melhorias e novos recursos, entre eles:
- Suporte aprimorado para chips AMD Ryzen AI (com NPU);
- Compatibilidade com o chip Qualcomm Snapdragon 8 Elite;
- Suporte à CPU SpacemiT baseada em arquitetura RISC-V;
- Expansão do suporte para sistemas computacionais com até 4.096 núcleos de CPU (o limite anterior era 2.048);
- Melhorias no suporte a determinados chips Intel e à futura linha Panther Lake;
- Finalização do driver NTSYNC, o que deve beneficiar a execução de ferramentas como o Wine 10.x.
A nova versão do kernel deve integrar as próximas edições das principais distribuições Linux, como o Ubuntu 25.04 e o Fedora 42, ambas previstas para abril de 2025.
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