Quando se fala em aprender empreendedorismo, ou melhor, desenvolvê-lo, é fundamental que esteja em nossa mente que empreender é colocar em marcha firme nossos sonhos e vocações. É “pular fora” de estereótipos de empregos, de seguimento de carreiras de pais, de concursos públicos para adquirir estabilidade, e assim por diante. É conseguir definir, com alguma clareza, que vida se quer levar e como conseguir isto… Não é moleza, não…
Liberdade e estímulo na escola para criar, motivação e apoio para fazer, trazer a realidade do mundo para dentro da escola, tolerar os erros e aprender com eles (os docentes também devem fazer isto…), são os ingredientes corretos. Daí, a utilização de metodologias ativas, conforme já foi citado na primeira parte em que tratamos deste assunto, é muito interessante e eficaz. Mas não basta…
É preciso criar desafios, concursos de ideias, feiras de projetos baseadas nas necessidades do entorno da escola, bancos de ideias, estruturas tipo laboratórios e oficinas livres para que os alunos possam, a qualquer hora que desejarem, trabalharem em seus projetos ou ideias. E apoio, apoio, apoio… Apenas apoio, sem colaboração direta para as soluções dos problemas. Lembre-se: o bom docente é aquele que apenas faz as perguntas certas, e que pode indicar alguns caminhos para que seus alunos achem as respostas…
É claro que muitos alunos não despertarão seus “instintos empreendedores”, como os conhecemos, em curto prazo – tudo bem! De certo modo, também definiram o que querem para suas vidas, ou estão muito pressionados pelo ambiente externo para seguirem estes caminhos. Tudo bem mesmo, porque cedo ou tarde seus desejos e vocações despertarão, e aí naturalmente alterarão suas carreiras e seus destinos.
Então um bom sistema que permita tudo isso será uma escola realmente preocupada com o desenvolvimento empreendedor de seus alunos. E mais: que ela, de modo sistêmico, adote metodologias ativas em seus cursos, adaptadas a cada conteúdo; que disponha de laboratórios como os quais já citei, livres para a elaboração de trabalhos dos seus alunos; que promova eventos desafiadores e interessantes para a geração atual; que tenha docentes comprometidos de fato com a missão de libertar seus jovens pupilos das amarras que lhes foram impostas pela escolaridade e educação anteriores; que erre e aprenda com seus erros E que, finalmente, disponha também de estruturas que apoiem definitivamente os que quiserem, por exemplo, criarem suas próprias empresas – porque isto, seguramente acontecerá….
Esta não é, definitivamente, uma “receita de bolo” para que tudo isto aconteça – apenas sugeri alguns ingredientes, que podem ser acrescidos de outros com “sabor local”, criando assim uma fantástica fábrica de empreendedores: pessoas livres, felizes, em busca de realização pessoal e de sucesso, qualquer que seja a maneira como tal seja entendido… Basta apenas, da parte da escola, vontade de fazer acontecer e empreender este caminho.
Felicidades e sucesso para a escola cuja missão é formar empreendedores!
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