Desenvolvida com o objetivo de investigar os asteroides troianos de Júpiter, a sonda Lucy, da NASA, acaba de transmitir as primeiras imagens de Dinkinesh, o menor entre os dez alvos da missão que serão estudados ao longo dos próximos 12 anos.
Com apenas um quilômetro de diâmetro, carinhosamente apelidado de “Dinky”, esse asteroide, juntamente com os outros objetos da nave espacial, reside na região interna do Cinturão de Asteroides, uma área repleta de detritos rochosos localizada entre Marte e Júpiter no Sistema Solar.
Conforme comunicado oficial da NASA, o asteroide foi registrado entre os dias 2 e 5 de setembro por uma das câmeras de alta resolução da sonda Lucy, a uma distância de 23 milhões de quilômetros.
Lucy’s locked in. ?
PublicidadePublicidadeThe #LucyMission got its first view of Dinkinesh, the first of 10 asteroids the spacecraft will visit on its 12-year trip.
Here are images Lucy took from 14 million miles (23 million km) away. Close approach expected Nov 1, 2023: https://t.co/px3ql18rdc pic.twitter.com/ip3VR11l0S
— NASA (@NASA) September 11, 2023
Nas imagens, Dinkinesh aparece como um pequeno ponto de luz, quase se perdendo entre diversos outros pontos semelhantes, destacados em vermelho nas fotografias.
“Este é realmente um asteroide pequeno”, afirmou Hal Levison, o principal investigador da missão Lucy, em um comunicado divulgado no início deste ano. “Mas, para um asteroide pequeno, esperamos que seja uma grande contribuição para a missão.”
A missão Lucy, lançada em outubro de 2021, tem como objetivo explorar os asteroides troianos de Júpiter, que constituem uma nuvem de fragmentos rochosos presos gravitacionalmente ao planeta. Esses asteroides são considerados remanescentes da formação do Sistema Solar, ocorrida há mais de quatro bilhões de anos.
Dinkinesh foi incluído na missão Lucy com o propósito de realizar um exercício de mitigação de risco, a fim de testar a eficácia do sistema de rastreamento da sonda. Especificamente, a sonda deveria determinar se conseguiria manter o asteroide dentro de seu campo de visão enquanto viajava a velocidades próximas a 4,5 quilômetros por segundo.
A NASA observa que “Dinkinesh permanecerá como um ponto de luz não resolvido durante a longa fase de aproximação e só revelará detalhes de sua superfície no dia do encontro”.
Nos próximos meses, um sistema de navegação óptica a bordo da sonda Lucy seguirá a posição de Dinkinesh para uma aproximação precisa, agendada para o dia 1º de novembro, quando a espaçonave estará a apenas 425 quilômetros do asteroide.
Esse evento servirá como uma oportunidade para avaliar a precisão com que a sonda Lucy pode direcionar-se a um alvo, especialmente considerando que um dos dois painéis solares da sonda não se desdobrou completamente após o lançamento. No final do ano passado, a equipe da missão estimou que o conjunto estava 98% implantado e decidiu não realizar novos esforços de implantação.
O nome Dinkinesh, que significa “você é maravilhoso” em amárico, uma das línguas oficiais da Etiópia, faz referência aos fósseis de um ancestral feminino primitivo, apelidado de “Lucy,” que foram descobertos em 1974. Da mesma forma que esses fósseis ajudaram a elucidar a evolução humana, os cientistas esperam que a sonda Lucy revele os primórdios da história do Sistema Solar.
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