Em um evento celeste incomum, um pequeno asteroide penetrou de maneira dramática na atmosfera da Terra, iluminando os céus de Berlim nas primeiras horas de 21 de janeiro.
Denominado como 2024 BXI, essa rocha espacial não era apenas um asteroide comum, mas também uma das raras instâncias em que os cientistas conseguiram identificá-lo antes de sua aproximação, marcando apenas a oitava ocorrência desse tipo na história registrada.
A identificação e previsão da trajetória do asteroide 2024 BXI foram realizadas por Krisztián Sárneczky, um astrônomo húngaro renomado por seu trabalho de rastreamento de asteroides.
Assim, utilizando o telescópio Schmidt de 60 cm na estação montanhosa de Piszkésteto, Sárneczky desempenhou um papel crucial na descoberta do asteroide horas antes de sua entrada na atmosfera terrestre.
Uma intrigante descoberta
A NASA emitiu um aviso público sobre a iminente entrada atmosférica de um objeto celeste, aproximadamente com 1 metro de diâmetro, proporcionando aos espectadores a oportunidade de testemunhar o espetáculo luminoso.
Porém as previsões confirmaram que o asteroide se desintegrou em uma esfera de fogo brilhante sobre Berlim. Gravações de vídeo em Leipzig capturaram o breve evento, enquanto especialistas, incluindo Denis Vida, indicam a possibilidade de fragmentos terrestres, potencialmente gerando meteoritos a oeste de Berlim.
Um desafio na identificação do asteroide
A pesquisa de Sárneczky destaca a raridade das detecções antecipadas. A Agência Espacial Europeia estima que cerca de 99% dos asteroides próximos à Terra com dimensões semelhantes ainda não foram identificados.
Porém essas rochas espaciais apresentam desafios consideráveis devido ao tamanho e à proximidade necessária para a detecção. Além disso, alguns conseguem escapar da observação ao se camuflarem sob o brilho do Sol, relembrando o meteoro de Chelyabinsk em 2013, que causou danos e ferimentos generalizados.
No entanto as agências espaciais globais intensificam esforços para evitar ameaças celestiais com projetos como o NEO Surveyor da NASA e o NEOMIR da ESA, visando aprimorar as habilidades de detecção de asteroides.
Mas o Observatório Vera C. Rubin, no Chile, promete revolucionar nossa compreensão do sistema solar ao duplicar o número de asteroides conhecidos.
Portanto, a medida que a tecnologia avança, nossa capacidade de detectar e mitigar essas ameaças cresce, assegurando que os céus continuem sendo uma fonte de beleza.
Fonte: Live Science
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