Um estudo na revista Nature Physics revela que cientistas na Alemanha identificaram um fenômeno notável ao examinar o envelhecimento de materiais. Eles descobriram que os movimentos moleculares em vidro e plástico podem ser reversíveis no tempo de uma perspectiva específica.
A equipe de físicos da Universidade Técnica de Darmstadt, na Alemanha, e da Universidade de Roskilde, na Dinamarca, descobriu o fenômeno ao examinar os processos de envelhecimento em certos materiais.
Eles destacam que a maioria das leis físicas não tem relação com o tempo, e encontraram indícios que desafiam a ideia de que o envelhecimento é irreversível, pelo menos em nível molecular.
Ao analisar materiais em nível microscópico, os cientistas descobriram que substâncias como o vidro podem ter um envelhecimento reversível.
Porém as partículas do vidro se movem e interagem para formar diferentes arranjos ao longo do tempo, desafiando a ideia de irreversibilidade no envelhecimento. Os físicos de Darmstadt revelaram esses achados em um comunicado oficial da Universidade Técnica de Darmstadt.
O tempo é reversível nesses materiais
Durante uma experiência em laboratório, ao incidir um laser no vidro, os físicos notaram que as moléculas dentro do material dispersavam a luz.
Mas a dispersão resultou em feixes de luz que se sobrepuseram, formando um padrão caótico de pontos claros e escuros na câmera de vídeo ultrassensível usada para monitorar o experimento. Esse fenômeno revelou a reversibilidade das flutuações das moléculas ao longo do tempo.
É crucial ressaltar que o envelhecimento dos materiais de vidro não pode ser revertido, pois é uma propriedade ao nível molecular. Embora as flutuações moleculares sejam reversíveis em uma escala de tempo específica, isso não implica a reversão do envelhecimento real do material.
O físico e coautor do estudo, Till Böhmer, classifica o fenômeno como “tempo material”, que influencia o material molecularmente, mas não reverte seu envelhecimento.
“O processo de envelhecimento pode ser descrito pelo conceito de ‘tempo material’. É como se o material possuísse um relógio interno que avança em uma velocidade distinta do relógio da parede do laboratório. Esse ‘tempo material’ varia conforme a rapidez com que as moléculas se reorganizam dentro do material”, complementa o comunicado.
Fonte: Universidade Técnica de Darmstadt
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