Na noite de sexta-feira (7), um fenômeno curioso chamou a atenção na Praia de Itamambuca, em Ubatuba, litoral de São Paulo. O mar brilhou com um tom azul fluorescente, um espetáculo registrado em imagens feitas pelo influenciador digital Leonardo da Costa Dantas. Em entrevista ao G1, ele contou que já havia testemunhado o fenômeno antes, mas nunca com tanta intensidade.
Esse brilho no mar é causado pela bioluminescência, um fenômeno raro gerado por algas unicelulares chamadas Noctiluca scintillans. Segundo o biólogo José Ataliba, o aumento da temperatura da água no verão e a maior concentração de nutrientes favorecem a proliferação dessas algas. Elas possuem um pigmento chamado luciferina, que brilha quando entra em contato com o oxigênio, gerando o brilho característico.
O fenômeno pode estar relacionado também à presença de nitrogênio na água, proveniente de esgotos e dejetos de animais. O oceanógrafo Hugo Gallo explica que, para esse tipo de bioluminescência ocorrer, diversos fatores precisam se alinhar. Quando acontece em áreas rasas, qualquer movimento na água pode intensificar o brilho. Assim, ondas ou até mesmo o deslocamento de um barco podem deixar um rastro cintilante no mar.
Gallo também compara o efeito à “fermentação” de microalgas, destacando que a multiplicação das algas pode criar uma atmosfera que se assemelha ao “pozinho de pirlimpimpim”, tornando o fenômeno visível e encantador para quem está na água.
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