Agora, cientistas alertam que o asteroide Bennu, embora menor, tem uma pequena chance de colidir com a Terra.
O Que é o Asteroide Bennu?
Bennu é um asteroide com cerca de 487 metros de largura e uma massa de bilhões de quilos. Para efeito de comparação, o asteroide que levou à extinção dos dinossauros tinha entre 10 e 15 quilômetros de diâmetro e pesava trilhões de quilos. Embora Bennu não represente um risco de extinção global, um impacto causaria danos significativos.
Descoberto em setembro de 1999 pelo programa Lincoln Near-Earth Asteroid Research (LINEAR), o asteroide foi inicialmente designado como 1999 RQ36. Em 2013, recebeu seu nome atual após uma competição da NASA vencida por Michael Puzio, um menino de nove anos. O nome faz referência à divindade egípcia Bennu, associada à criação do Sol e ao renascimento.
Bennu orbita o Sol a cada 1,2 anos e chega a se aproximar da Terra a cerca de 299 mil quilômetros a cada seis anos, uma distância relativamente curta. Segundo a NASA, o asteroide se originou de um corpo maior rico em carbono, no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, migrando gradualmente para sua órbita atual.
Simulação e Impactos Potenciais
Um estudo publicado na revista Science Advances pelo IBS Center for Climate Physics (ICCP) da Pusan National University, na Coreia do Sul, analisou as possíveis consequências de uma colisão de Bennu com a Terra. De acordo com a pesquisa, a probabilidade de impacto é de 1 em 2.700, com previsão para setembro de 2182.
Para avaliar os efeitos dessa possível colisão, os cientistas utilizaram o supercomputador Apeph para rodar simulações climáticas avançadas. O estudo indica que o impacto liberaria entre 100 e 400 milhões de toneladas de poeira na atmosfera, alterando a composição química e reduzindo a fotossíntese por até quatro anos. No pior cenário, o bloqueio da luz solar poderia reduzir a temperatura global em até 4°C e causar uma queda de 32% na camada de ozônio.
Consequências para a Vida no Planeta
O “inverno de impacto” resultante criaria condições adversas para o crescimento das plantas, reduzindo a fotossíntese em ecossistemas terrestres e marinhos em até 30%, impactando a segurança alimentar global. No entanto, um achado inesperado foi a rápida recuperação da comunidade de plânctons nos oceanos. Enquanto se esperava que levasse anos para os níveis retornarem ao normal, observou-se um crescimento acima do esperado em apenas seis meses, possivelmente devido à dispersão de ferro presente na poeira cósmica.
Apesar do impacto significativo, os pesquisadores acreditam que a humanidade não seria extinta caso o evento ocorresse. Além disso, eventos semelhantes podem ter ocorrido ao longo da história, uma vez que colisões de asteroides como Bennu são estimadas para acontecer a cada 100 a 200 mil anos.
O Que Esperar?
Embora a chance de impacto seja pequena, a ciência continua monitorando Bennu e outros asteroides que possam representar riscos para a Terra. Medidas de mitigação, como possíveis missões para desviar asteroides, estão sendo estudadas para garantir a segurança do planeta. A história mostra que a Terra já foi atingida por diversos asteroides, e compreender melhor esses corpos celestes pode ser crucial para nossa proteção no futuro.
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