No entanto, nem todos os elementos criados nesse evento inicial resistiram ao longo dos anos de evolução planetária e estelar. Alguns desses elementos, com meias-vidas de horas ou minutos, extinguiram-se muito antes de a humanidade surgir ou sequer pensar sobre eles.
Hoje, a maioria dos elementos pode ser encontrada em sua forma natural, presentes nas camadas superficiais ou profundas da crosta terrestre. Contudo, alguns elementos só “retornam à existência” por meio de processos de sintetização.
Evolução da Tabela Periódica
A tabela periódica tem se desenvolvido ao longo de mais de 150 anos, com a descoberta de novos elementos. O mais recente a ser descoberto foi o Tenesso (117), em 2010. Seu reconhecimento oficial pela IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) ocorreu apenas em 2015. Seria ele, então, o elemento mais raro da tabela periódica? Descubra a seguir!
E o Troféu de Elemento Mais Raro Vai Para…
Embora muitos pensem nas terras raras, pertencentes à família dos lantanídeos (números 57 a 71 na tabela periódica), como os elementos mais raros, na verdade, eles não são tão escassos, apenas difíceis de minerar e separar.
No entanto, entre esses 15 elementos, um se destacou pela sua raridade e mistério: o promécio (61). Este elemento é sintetizado, ou seja, não é encontrado na natureza. Com uma meia-vida de apenas 17,7 anos, o promécio é obtido através de processos de fissão do plutônio.
A obtenção do promécio não é fácil devido à sua alta instabilidade. Somente agora, quase 80 anos após sua descoberta, sua estrutura foi finalmente desvendada. O promécio tem aplicações como fonte de radiação beta e como conversor de luz em corrente elétrica em baterias para exploração espacial.
Elementos Naturais Mais Raros
Se o objetivo é determinar quais são os elementos naturais mais raros, estamos falando do ástato (85) e do frâncio (87). Ambos existem naturalmente e possuem uma meia-vida curta.
E o Troféu de Elemento Natural Mais Raro Vai Para…
No entanto, o troféu de elemento natural mais raro vai para o ástato! Este elemento, extremamente escasso na natureza, tem uma meia-vida de aproximadamente 7 horas. Curiosamente, o ástato é considerado o único elemento descoberto graças a seres não-humanos: foram os ratos que contribuíram para sua descoberta.
A História Fascinante do Ástato
Os pesquisadores não conseguiram detectar o ástato diretamente, então tiveram que recorrer a métodos alternativos. Eles produziram uma quantidade de ástato ao bombardearem bismuto com partículas alfa, criando uma pequena quantidade do elemento. Este preparado foi oferecido como alimento para cobaias de laboratório. Devido às semelhanças do ástato com o iodo, que é absorvido pela glândula tireoide, os pesquisadores conseguiram finalmente isolar o elemento em 1939.
Determinando a Raridade dos Elementos
A raridade dos elementos pode ser determinada por vários fatores, incluindo a dificuldade de obtenção (seja por mineração ou sintetização), a quantidade disponível naturalmente ou por produção, estabilidade atômica e meia-vida. Além do ástato e frâncio, outros elementos que entram na lista dos mais raros incluem tecnécio (43), ródio (45), ósmio (76) e irídio (77).
Possíveis Usos dos Elementos Raros
Os usos dos elementos raros podem ser variados:
- Medicina nuclear e tratamentos de câncer: Alguns elementos são essenciais em tratamentos médicos avançados.
- Joias: Elementos como o ródio e o ósmio são usados para criar joias mais brilhantes e duráveis.
- Importância teórica: Alguns elementos, como o ástato, têm, por enquanto, apenas importância teórica. Apesar de não apresentarem funcionalidades extraordinárias atualmente, a pesquisa contínua pode revelar usos específicos no futuro.
Portanto, embora alguns elementos possam não ter aplicações práticas imediatas, sua “inutilidade” pode impulsionar descobertas científicas e tecnológicas significativas no futuro.
Muitos desses elementos aparentemente “sem função” desempenham um papel crucial como elos entre elementos mais pesados, como urânio e plutônio, e os produtos de seu decaimento. Estudar esses elementos nos ajuda a preencher lacunas no conhecimento sobre o comportamento físico-químico das partículas instáveis.
Portanto, apesar de parecer que tempo e recursos são desperdiçados, tudo o que é produzido pode contribuir para o enriquecimento do conhecimento humano.
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