Se pensarmos bem, a criatividade foi um dos elementos da vida humana que nos tirou das cavernas e que nos trouxe até agora, em uma estrada de progresso que parece não ter fim. Grandes progressos na ciência em geral e em nosso modo de vida seguramente foram obtidos com muita luta, muito trabalho, muito compartilhamento de informações, muito sacrifício e vontade – enfim, com muitas emoções agindo… Basta conhecer a vida dos grandes criadores e inovadores que nos antecederam e considerar suas atitudes também no tempo presente, porque criar e inovar são atitudes permanentes do ser humano – nunca cessam… Por quê? Porque a criatividade está realmente, e de modo íntimo, ligada às nossas emoções, que borbulham em nós a cada momento. Não foram emoções um dos principais elementos que levaram grandes inovadores a dedicarem-se longas horas por dia e mesmo suas vidas inteiras a criar e aprofundar-se nos mistérios que nos cercam? A emoção da procura, a emoção do erro, a emoção do acerto, a emoção da aprendizagem e do progresso…
E mesmo quase sem notarmos, temos que ser criativos em muitos momentos de nossa vida diária, pois sempre que tomamos alguma decisão ou estamos à frente de um desafio, pronto! Temos que criar algo, se possível “bem bolado” ou mesmo inovador, para que a decisão seja a melhor possível, ou o desafio seja enfrentado também de modo bem efetivo. Não é verdade? E emoções, mesmo que de pequena intensidade, sempre afloram nessas horas… E, ao conseguir resolver um problema complexo, uma dificuldade de vida que se nos apresenta ou algo semelhante, não nos sentimos bem e gratificados, mesmo beneficamente emocionados? Pois é…
No entanto, quando utilizamos nossa criatividade para resolvermos algo novo, estamos efetuando uma espécie de “ruptura” com os modos usuais de fazer algo. E isso pode ser assustador, porque nós, como seres humanos, também amamos a estabilidade… E, de certo modo, também tememos a opinião dos que nos cercam – e se não funcionar, e se não der certo? E se piorar a situação? Aí deve entrar em cena outra qualidade notada nas pessoas criativas: a continuidade, o aproveitamento das falhas para aprendizagem e correção de eventuais problemas. E isso é uma nova emoção, muito boa! Já pensou por que passou Thomas Alva Edson, quando sua lâmpada elétrica finalmente acendeu e não queimou, depois de mais de mil tentativas? Dizem que ele comentava com os que tentavam desencorajá-lo: “Muito bem, mas já conheço mais de mil modos de fazer uma lâmpada que não funciona! Deve haver uma que funcione…”
E interessante: tudo indica que o grau de inteligência das pessoas não obrigatoriamente as predispõe a um aumento de criatividade… Pode, isso sim, facilitar, porque pessoas bem inteligentes devem ter um “repertório mental” de apreciável volume, facilitando a elaboração de coisas novas. Já a predisposição para abrir nossas mentes para novas ideias também é um fator interessante para o desenvolvimento da criatividade…
Por outro lado, criatividade também implica em bom desempenho e boa vontade para realizar o que foi pensado. É preciso ter confiança e vontade para seguir em frente. O exemplo de Thomas Alva Edson na criação da lâmpada elétrica é de grande valor – ele não desistiu, e conseguiu…
Pois é… Um grande obstáculo que temos a enfrentar para fomentar a nossa criatividade é a vida moderna, padronizada e cheia de modelos estereotipados, muitas vezes criados pelo mau uso das redes sociais. E como elas vieram para ficar, dependerá de nós dirigirmos nossas vidas para novas emoções que nos possam levar a criar, a fazer , a progredir…
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