Engenheiros espanhóis alcançaram um marco notável ao apresentar o primeiro chip fotônico programável e multifuncional do mundo, preparado para integração em redes comerciais. Este avanço revolucionário utiliza luz em vez de eletricidade, oferecendo benefícios significativos para centros de dados, telecomunicações e infraestruturas de computação relacionadas à inteligência artificial.
Os tradicionais processadores de luz, conhecidos como processadores fotônicos, realizam o processamento instantaneamente na velocidade da luz, com base em guias de onda que funcionam como “rodovias para a luz”. No entanto, esses dispositivos geralmente são projetados para executar uma única função específica.
O novo chip fotônico representa uma inovação importante ao permitir a programação sob demanda e a interconexão de segmentos sem fio e fotônicos em redes de comunicação. Isso evita a formação de gargalos que poderiam restringir a capacidade e a largura de banda disponível.
O professor José Capmany, da Universidade Politécnica de Valência, na Espanha, afirmou: “É o primeiro chip do mundo com essas características. Ele pode implementar as doze funcionalidades básicas exigidas por esses sistemas e pode ser programado sob demanda, aumentando assim a eficiência do circuito.”
Uma vantagem significativa é que o chip foi fabricado pela empresa iPRONICS, parceira do projeto, garantindo que ele já esteja em conformidade com os padrões industriais e pronto para comercialização. Segundo a empresa, o chip já está sendo testado por empresas de telecomunicações.
Este avanço é particularmente relevante para aplicações como 5G e veículos autônomos, que requerem frequências mais elevadas e, portanto, demandam a redução do tamanho das antenas e dos circuitos associados. A equipe utilizou o chip para otimizar o conversor por trás de uma antena 5G, tornando-o o mais compacto possível e preparado para suportar as bandas de frequência atuais e futuras.
Daniel Pérez-López, da iPronics, comentou: “Para nós, o desenvolvimento deste chip é um passo crucial porque permitiu a validação dos nossos desenvolvimentos aplicados a um problema crescente, a gestão eficiente dos fluxos de dados em data centers e redes para sistemas de computação de inteligência artificial. Nosso próximo objetivo é dimensionar o chip para atender às necessidades deste segmento de mercado.”
Fonte: Inovação Tecnológica
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