A fabricante argentina Bravo Motor Company assinou termo de intenção com o governo de Minas Gerais para construir uma fábrica de veículos elétricos na região metropolitana de Belo Horizonte. O investimento estimado para a fase 1 do projeto, chamada de Projeto Colosso 1, é de R$ 25 bilhões. Novas fases de investimento estão previstas para outras regiões de Minas, com produção de baterias de lítio, e devem ser tema de futuros protocolos com a empresa. Porém, com cerca de 80% dos recursos providos por investidores estrangeiros. Desse modo, o montante será aplicado até 2029.
O governador Romeu Zema comemorou a iniciativa e ressaltou que ela deve gerar bons frutos para os mineiros a longo prazo.
“É um empreendimento que abre um cenário muito positivo para o futuro. Sabemos que, nas próximas décadas, a indústria automobilística deverá se reinventar totalmente, passando do tipo de motorização atual para motores elétricos. Vamos começar esse processo em Minas Gerais e no Brasil. Faremos tudo para que essas raízes fiquem muito consistentes e, independentemente de quem estiver aqui, que isso prospere o máximo possível. É um momento único, na minha gestão, receber algo tão inovador e que possa gerar tanta mudança positiva nesse estado que amamos tanto”, disse o governador.
A Bravo está otimista e ambiciosa. A montadora anunciou que vai começar as obras da fábrica mineira no meio deste ano. E dará início à operação na unidade em 2023. Mas não é só: a marca prevê para 2024 um volume de 22.790 veículos elétricos por ano, bem como 43.750 de unidades de pacotes de baterias. A operação também vislumbra a geração de quase 14 mil empregos empregos diretos e indiretos.
De acordo com o CEO da Bravo Motor do Brasil, Eduardo Javier Muñoz, a empresa planejava erguer três fábricas no país em diferentes regiões. Por tanto, o executivo viu que a logística seria dificílima. “Iríamos abrir uma fábrica em Minas, outra no Sul e outra no Norte. No entanto, rapidamente entendi que teríamos de fazer um esforço enorme. E que deveríamos nos concentrar em Minas Gerais”, explicou.
Em seu site oficial, a Bravo se apresenta como uma empresa que conta com mais de 700 investidores de 20 países. A montadora argentina trabalha em projetos de veículos elétricos feitos para serviços de transporte, como a Uber, por exemplo.
A Renault também, no início deste mês, anunciou a investimento de R$ 1,1 bilhão na fábrica do Paraná para atualizar sua gama atual. Nos dois casos, não há carros elétricos.
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