Uma nova pesquisa sobre exploração de exoplanetas evidenciou um novo método para detectar a presença de vários objetos rochosos e possivelmente habitáveis, como a Terra. Por agora, as buscas têm focado em estrelas mais frias que o Sol, as anãs vermelhas ou estrelas do tipo M. Basta receber uma incidência solar moderada e abrigar certa quantidade de mar, para que o planeta apresenta um clima temperado.
Alguns modelos anteriores de previsão, indicaram que poucos astros integrantes de sistemas com estrelas M conseguem satisfazer essas condições. Entretanto, novas simulações realizadas por pesquisadores da Universidade de Tóquio no Japão, concentraram esforços em planetas cuja composição atmosférica era rica em hidrogênio e a formação do oceano era o resultado entre a interação da atmosfera com o magma.
Os cientistas criaram esse novo modelo para estimar a quantidade de água presente em cada planeta, que orbita estrelas do tipo M. Surgiram vários objetos candidatos, com raios semelhantes ao da Terra, com quantidades consideráveis de água do mar e orbitando estrelas do tipo M.
Esse resultado aponta para um cenário bastante provável nos próximos anos de que planetas habitáveis sejam encontrados. Dentre os 5 mil detectados até agora, muitos têm o mesmo tamanho da Terra. Se algum deles apresentar um clima temperado será muito interessante para o tema da habitabilidade, afinal de contas, a água, além de necessária para a manutenção da vida na Terra, também desempenha um papel importante na determinação do clima.
O modelo feito pelos pesquisadores da Universidade de Tóquio utilizou como base as mais recentes teorias de formação de planetas para calcular a quantidade de água adquirida no processo de desenvolvimento. O modelo também incorporou o efeito da produção da água na atmosfera primordial.
No momento, espera-se que cerca de 100 planetas do tamanho da Terra sejam detectados na zona habitável ao redor de estrelas do tipo M em programas de exploração de exoplanetas contínuos e futuros, como o TESS e o PLATO. Além disso, os cientistas acreditam que esses dados teóricos serão corroborados com as observações atmosféricas dos telescópios espaciais infravermelhos JWST e Ariel.
Esses telescópios serão capazes de revelar a presença de moléculas de água e outros elementos na atmosfera. A partir desse cenário, os pesquisadores conseguirão compreender melhor o processo de formação de planetas aquáticos como a Terra.
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