A Petrobras informou hoje (16) o encerramento da política de paridade internacional de preços para o petróleo e seus derivados.
A paridade de importação de preços, que alinhava os preços internos aos preços internacionais, foi adotada durante o governo Michel Temer (MDB). Segundo essa política, as variações externas se refletiam diretamente e de forma automática no mercado interno.
Desde a campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem prometido uma mudança nessa abordagem de referência.
Conforme divulgado em um comunicado, a Petrobras anunciou que não seguirá mais a política de paridade internacional de preços, buscando evitar a volatilidade das cotações internacionais e da taxa de câmbio nos preços internos. Essa nova estratégia comercial terá duas referências: o custo alternativo do cliente e o valor marginal para a Petrobras.
O custo alternativo do cliente considera as principais opções de suprimento, tanto de produtos similares quanto de substitutos. Já o valor marginal é baseado no custo de oportunidade considerando as diferentes alternativas da empresa, como produção, importação e exportação do produto e dos petróleos utilizados no refino.
Essa mudança permitirá que a Petrobras tenha mais flexibilidade para oferecer preços competitivos, aproveitando suas melhores condições de produção e logística, e competindo com distribuidores e importadores de combustíveis no país.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou em um evento recente que não existe um preço de referência fixo para todo o Brasil, uma vez que o mercado brasileiro é diversificado, com vários importadores.
No entanto, há dúvidas por parte dos agentes de mercado sobre o funcionamento dessa nova política, pois o preço do petróleo é uma commodity que varia conforme o mercado internacional. Além disso, o Brasil depende de importações para 30% do diesel consumido, e um desalinhamento de preços pode desestimular a importação desse produto.
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