Nos últimos anos, a indústria de semicondutores da China passou por uma fase difícil, tendo desacelerado significativamente após as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos. No entanto, os profissionais do setor estão confiantes não apenas em uma recuperação, mas também em uma reviravolta que colocará a China de volta como um dos principais nomes do setor.
O presidente rotativo da Huawei, Eric Xu, expressou otimismo em relação à situação em uma coletiva de imprensa, afirmando que “acredita que a indústria de semicondutores da China não ficará parada, mas tomará medidas para fortalecimento e autoconfiança (…). Creio que a indústria de semicondutores da China renascerá das cinzas dessas sanções”.
Para alcançar esse renascimento, empresas chinesas estão se unindo para desenvolver ferramentas de design que possam superar a antiga dependência do país em relação a fornecedoras estrangeiras. Atualmente, um consórcio dessas empresas é capaz de fabricar chips de 14 nanômetros (nm) e planeja implementar o processo em 2023.
Essa iniciativa é um passo importante, mas ainda há muito a ser feito para a China recuperar sua posição de destaque no mercado de semicondutores. O país ainda precisa aprimorar significativamente suas ferramentas de fabricação para reduzir o tamanho dos semicondutores e garantir materiais mais avançados.
A disputa comercial e política entre a China e os Estados Unidos se intensificou em 2019, quando o governo americano começou a impor sanções contra empresas chinesas. Isso afetou negativamente várias empresas que mantinham relações comerciais com fornecedores e fabricantes dos EUA. A Huawei, por exemplo, sofreu fortemente com as sanções, tendo sido proibida de usar o sistema operacional Android e perdendo espaço no mercado internacional de infraestrutura e semicondutores. As principais acusações dos EUA são relacionadas à conexão dessas marcas com o governo chinês e possível interesse em espionagem.
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