A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou a prestação experimental de serviços de telefonia móvel por satélite no Brasil, testes de conexão, utilizando a tecnologia conhecida como Direct-to-Device (D2D). Essa abordagem pode viabilizar o funcionamento de celulares 4G e 5G, sem a necessidade de hardware adicional, em áreas atualmente desprovidas de cobertura móvel.
Claro e TIM, através de um pedido à agência, demonstraram interesse inicial no D2D e estão programadas para conduzir testes em parceria com a operadora de satélites AST Space Mobile. No modelo D2D, os dispositivos emitem sinais para satélites de baixa órbita, que os retransmitem para torres de telefonia fixas no solo. Essa transmissão utiliza as mesmas frequências da telefonia móvel, garantindo compatibilidade com os smartphones existentes.
A permissão para a prestação experimental desse serviço está aberta a outras empresas, porém, a solicitação para o uso deve ser feita pelas detentoras das faixas. Isso implica que apenas as operadoras que já oferecem serviços de telefonia móvel têm a possibilidade de requerer testes para a conexão entre telefones e satélites.
Importante ressaltar que essa comunicação via satélite não está relacionada à utilizada para comunicações de emergência, presente nos iPhones mais recentes e em um acessório da Motorola. Nesse contexto, são empregados diferentes espectros e redes de satélites.
O Sandbox Regulatório da Anatel foi utilizado para conceder autorização aos testes da prestação de serviços em fase experimental. Esse instrumento temporariamente suspende algumas regras que podem impedir a realização de determinados projetos, desde que haja relevância no avanço tecnológico e na promoção do acesso às telecomunicações.
Carlos Baigorri, presidente da Anatel, expressa a visão de que, caso bem-sucedido, o D2D representaria uma revolução para a conectividade e o acesso no Brasil. O conselheiro Alexandre Freire, em seu voto, destacou que a solução D2D possui um potencial significativo para ampliar a cobertura do serviço móvel pessoal, reduzindo a exclusão digital ao fornecer serviços de telecomunicação em áreas remotas e rurais.
As informações foram fornecidas pela Anatel.
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