Será possível alcançar a resolução do reflexo de um espelho em fotografias impressas? Embora essa meta possa estar distante, Ken-ichi Yuyama e sua equipe na Universidade Metropolitana de Osaka, Japão, estão avançando na busca por imagens impressas com maior resolução.

Eles desenvolveram uma técnica de “impressão de precisão” baseada em um vórtice óptico, que permite a colocação precisa de minúsculas gotículas de tinta em uma escala micrométrica. Isso representa um avanço em relação às técnicas tradicionais de jato de tinta, que enfrentam problemas de entupimento de bicos e resultam em menor resolução à medida que os bicos se tornam mais finos.
A equipe japonesa conseguiu imprimir gotículas uniformes com aproximadamente 100 micrômetros de diâmetro usando um filme líquido de tinta fluorescente altamente viscoso, tornando possível imagens com precisão excepcional.

Um feixe de vórtice óptico, caracterizado por uma frente de onda helicoidal que cria um perfil de intensidade espacial em forma de anel com um núcleo escuro central, contém uma singularidade de fase no eixo, conferindo-lhe um momento angular orbital. Esse momento angular foi utilizado para transmitir torque ao filme de tinta, que serve como a fonte das microgotículas. A aplicação do pulso de vórtice óptico estica o filme irradiado, permitindo a ejeção precisa das microgotículas, sem gerar gotículas-satélite que prejudicariam a qualidade da impressão.
O professor Yuyama explicou que, por meio desse feixe de laser especial, conhecido como vórtice óptico, eles conseguiram realizar impressões estáveis de líquidos altamente viscosos, abrindo caminho para a fabricação de matrizes de microgotículas e a micropadronização de tintas condutoras de nanotecnologia e biotintas, impulsionando o desenvolvimento de dispositivos fotônicos ou eletrônicos impressos de última geração.
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