O Google oficializou hoje, quinta-feira (13), a chegada do Google Bard ao Brasil após uma grande expectativa. Essa ferramenta de inteligência artificial rivaliza com o ChatGPT e possui um bom domínio da língua portuguesa. Os executivos da empresa explicaram que os últimos três meses foram dedicados ao treinamento e aprimoramento da plataforma para que ela pudesse ser lançada aqui. Além do Brasil, o Bard também estará disponível nos 27 países da União Europeia.
A novidade visa aproveitar o grande interesse do público pela inteligência artificial generativa. O Bard se baseia em um modelo de linguagem (LLM) avançado para compreender as solicitações e propor respostas adequadas.
Durante uma mesa redonda com jornalistas locais, os porta-vozes do Google enfatizaram que o Bard é um experimento, o que é indicado pela interface conforme mostrado nas imagens divulgadas. “Estamos muito otimistas sobre como a IA generativa pode ajudar as pessoas em seu cotidiano”, comemorou o gerente de marketing, Leo Longo.
Ele também mencionou que organizações parceiras colaboraram com o Google no processo de “localização” do Bard, que envolveu ensiná-lo a compreender nuances e temas sensíveis em cada novo local onde está sendo disponibilizado.
O conglomerado de internet apresenta sugestões sobre os usos mais interessantes do Bard:
– Criação de textos, como pedidos de desculpas ou convites.
– Solicitar dicas de lugares.
– Obter orientações para dúvidas do dia a dia, como recomendações de leitura.
– Procurar passo a passo para explicar um tema a outras pessoas.
– Novidades da nova versão do Bard.
O anúncio da chegada do Bard ao mercado brasileiro faz parte de um contexto mais amplo, com lançamento global da ferramenta de IA, que também traz novas funcionalidades.
Algumas das novidades incluem:
– Fixar e nomear conversas.
– Ouvir as respostas em voz alta.
– Mais opções de estilo de resposta: simples, longo, curto, profissional ou casual.
– Exportar código Python para o Replit, além do Google Colab.
– Envio de imagens através do Google Lens, permitindo fazer perguntas ou dar comandos com base em uma figura enviada ao Bard (por enquanto disponível apenas em inglês).
No entanto, tem havido questionamentos sobre a transparência em relação à fonte dos dados utilizados pelo Bard. Os executivos do Google foram questionados sobre se a ferramenta considera conteúdos produzidos por veículos jornalísticos ou protegidos por direitos autorais, como livros completos. A gerente de comunicação, Claudia Tozetto, afirmou que o Bard se baseia em “informação pública disponível na web”, sem entrar em detalhes.
Os executivos enfatizaram que o Bard ainda está em fase de testes e que o sistema é capaz de fornecer informações sobre a fonte em alguns casos factuais, mas em outros casos não é possível. O Google está atento a essa questão, pois acredita que o sucesso do ecossistema da internet está diretamente ligado ao seu próprio sucesso.
Como acessar o Bard?
Para acessar o Bard, basta entrar no endereço bard.google.com, tanto pelo celular quanto pelo computador. A interface em português será oferecida por padrão, mas os usuários poderão interagir com o Bard em outros idiomas também. É necessário fazer o login com uma conta Google para utilizar a ferramenta.
Ao abrir o Bard, uma mensagem de boas-vindas é exibida, informando que ele está disposto a colaborar e ajudar, utilizando sua criatividade. No entanto, a ferramenta reconhece suas limitações e admite que nem sempre acerta, mas está aberta a receber feedback para melhorar.
O Google esclarece que, durante esse período experimental, não há um limite definido para o número de conversas diárias, mas o objetivo principal é garantir que a experiência seja útil para todos os usuários, visando sua evolução futura.
É importante destacar que o Bard não substitui a ferramenta de busca do Google. Por enquanto, são produtos tratados de forma independente.
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