A discussão sobre as causas da extinção dos dinossauros foi supostamente encerrada há décadas. No entanto, persiste a discordância de alguns poucos cientistas em relação à teoria do impacto de um asteroide como a principal causa. Agora, a inteligência artificial também se posiciona ao lado desses questionadores.
Extinção dos Dinossauros: Uma Perspectiva Alternativa
Enquanto a teoria cientificamente aceita atribuir a extinção em massa dos dinossauros à colisão de um asteroide com a Terra, alguns discordam dessa narrativa consolidada. A cratera resultante desse impacto foi identificada, e fósseis do mesmo período foram encontrados, reforçando a ideia de um evento catastrófico.
No entanto, há vozes dissidentes que argumentam que, apesar do impacto ter sido indiscutivelmente devastador, a extinção dos dinossauros pode ter sido um processo mais gradual, influenciado por desequilíbrios naturais resultantes de atividades vulcânicas. Esses defensores apontam para as “armadilhas do Decão”, uma enorme quantidade de basalto que se depositou simultaneamente ao evento do asteroide, totalizando 1,3 milhão de quilômetros cúbicos.
Alegam que as mudanças climáticas geradas pelos gases liberados durante essas erupções vulcânicas podem ter desempenhado um papel significativo no processo de extinção dos dinossauros. Assim, a complexidade do evento e a interação de diversos fatores naturais são elementos que merecem consideração ao investigar os mistérios que cercam a extinção dos majestosos répteis.
A IA desenvolvida pelo estudante de pós-graduação Alex Cox e seu supervisor, Dr. Brenhin Keller, adotou uma abordagem neutra e analítica para examinar a questão da extinção dos dinossauros. Alimentada com dados geológicos, climáticos e registros fósseis da época, a IA se posiciona como uma ferramenta imparcial na análise das mudanças nos níveis de dióxido de carbono e dióxido de enxofre na atmosfera.
Foco da investigação
O foco da investigação concentra-se no período de 2 milhões de anos antes e depois do fim do Cretáceo, visando compreender as implicações dessas mudanças atmosféricas na temperatura global. Portanto, a IA não adota um lado predefinido na discussão sobre a causa da extinção dos dinossauros, mas busca fornecer insights baseados em evidências científicas e análises objetivas dos dados disponíveis.
A tecnologia explorou aproximadamente 300 mil cenários distintos e identificou aquele considerado mais provável de ter ocorrido. Surpreendentemente, a conclusão apontou que o impacto do asteroide teve uma influência relativamente limitada nos níveis atmosféricos de carbono e enxofre, embora possa ter desencadeado perturbações na cadeia alimentar de outras formas.
Além disso, a IA declarou que as alterações climáticas cruciais para uma extinção em massa provavelmente derivaram da atividade vulcânica. Essas conclusões inovadoras foram documentadas e divulgadas na revista Science e Olhar Digital adicionando uma perspectiva intrigante ao debate sobre a extinção dos dinossauros.
Nosso modelo operou de maneira independente, livre de qualquer viés humano, para calcular a quantidade de dióxido de carbono e dióxido de enxofre necessária para desencadear as perturbações nos padrões climáticos e no ciclo do carbono registrados na geologia.
Dr. Brenhin Keller, Universidade de Dartmouth.
O que a comunidade científica pensa dos questionamentos da IA sobre a extinção dos dinossauros?
As reações da comunidade científica ao estudo, que apresenta a conclusão da IA sobre a extinção dos dinossauros, foram marcadas por críticas. Cientistas expressaram preocupação com a formulação da questão, sugerindo que a maneira como é apresentada pode influenciar a resposta da tecnologia.
Além disso, especialistas levantaram dúvidas sobre os dados relacionados às temperaturas globais incorporadas no sistema. Ressaltaram que, mesmo que o asteroide não tenha impactado significativamente a composição atmosférica, ainda poderia ter provocado a morte dos animais de outras maneiras, questionando assim a abrangência e a complexidade do estudo. Essa discussão reflete a natureza crítica e avaliativa da comunidade científica diante de novas abordagens e conclusões.
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