Ao vermos que hoje há maior acesso a opções diversas de produtos envolvendo bitcoins no Brasil, como o cassino BTC, pensamos sobre a abrangência das criptomoedas no país e não é para menos. O Brasil vem avançando nos últimos anos em termos de adoção de bitcoins, apesar de enfrentar algumas barreiras. Assim, a pergunta sobre como a maior economia da América Latina se insere no mercado mundial de bitcoins é importante de ser feita. Sobretudo, em que posição nos encontramos em relação aos países vizinhos.
De início, é possível dar como resposta certa que o Brasil lidera a América Latina em termos de adoção de bitcoins. Isso de acordo com os dados da Global Crypto Adoption Index, divulgado em setembro de 2023. Fato é que essa liderança se manteve ainda que diante de um recuo em relação ao ano anterior. Em 2022, a mesma Global Crypto Adoption Index colocou o Brasil como 7º país do mundo em adoção de bitcoins. Um ano depois, o país caiu para a 9ª posição.
O documento mostra uma liderança mundial da Índia. O país asiático é seguido de Nigéria, Vietnã e Estados Unidos, respectivamente. Considerando somente a América Latina, os demais países listados entre os 20 que mais adotam bitcoins são Peru, Argentina e México. Praticamente toda a América Latina está listada entre os 154 países mensurados no índice anual de adoção de bitcoins. Tendo como ponto de partida que o Brasil já lidera os países da região em adoção de bitcoins, é preciso discutir esses dados.
A adoção de bitcoins na América Latina: reflexo do quadro econômico local
Existe um avanço da adoção de bitcoins na América Latina. E isso se deve, em alguma medida, ao interesse de corretoras na região e pela busca das pessoas latino-americanas por melhores investimentos. Contudo, existe um fator negativo que impulsiona o avanço dos bitcoins na região. No caso, alguns países da região, como a Argentina e Venezuela, passam por gravíssimos casos de descontrole inflacionário. Isso, indiretamente, influencia as pessoas a procurarem criptomoedas.
O estrategista do grupo Bitcoin JAN3, Samson Mow, falou dessa relação. Segundo ele, investir em bitcoins, estando em países assolados por hiperinflação, faz bastante sentido. Trata-se de uma forma com a qual as pessoas protegem sua renda e poupança. Podemos acrescentar ainda que as stablecoins, que lastreiam seus valores em moedas reais, como o Dólar dos EUA, são alternativas em países cujas moedas se desvalorizaram muito rapidamente.
Apesar de alguns avanços, criptomoedas ainda são ilegais em alguns países da América Latina. Um exemplo nesse sentido é a Bolívia. Porém, a maioria dos países, como é o caso do México e do Brasil, avançam em mecanismos de regulação de criptomoedas. Dessa maneira, existe uma tendência de regulação e crescimento de bitcoins na região.
O quadro brasileiro no mundo dos bitcoins
Com tramitação que iniciou-se em 2015, em 2022 foi aprovado o marco legal das criptomoedas no Brasil. Trata-se da lei 14.478/22, que implementa uma série de regras no setor. Em princípio, traz uma necessária definição de criptomoedas para efeitos legais. A lei define o que considera ser um ativo virtual. Para efeito legal, trata-se da representação digital de valor que pode ser negociada ou transferida por meios eletrônicos. Além disso, poderá ser utilizada para realização de pagamentos ou com propósito de investimento.
Além disso, a legislação define que o Banco Central deverá definir as diretrizes sobre a adoção de bitcoins no Brasil. E isso foi feito já em 2023. Ao todo, são três atos, duas resoluções e uma normativa que regulam o setor no Brasil. Mesmo com essa regulação, a principal autoridade monetária do país tem feito consultas públicas. A ideia é melhorar a regulação ouvindo os players do segmento dos bitcoins no Brasil.
O que está em questão agora é definir, por exemplo, quais instituições podem ou não atuar no setor, por exemplo. Além disso, detalhes como capital mínimo ou condutas éticas esperadas das empresas devem ser definidos. Há vários pontos em aberto, mas a regulação do setor avança.
Grande aposta das grandes corretoras de criptomoedas
Se para muitos a ideia de regulação governamental é sinônimo de entraves, é preciso entender que ela também traz segurança jurídica. E segurança jurídica é fundamental para avanços em qualquer setor da economia. Esse é um dos fatores que têm impulsionado corretoras do mundo todo a olharem com mais atenção para o Brasil.
Alguns desequilíbrios econômicos pelos quais o Brasil passou entre 2019 e 2022 explicam, em parte, segundo especialistas, um “boom” de criptomoedas no Brasil. Assim como nos vizinhos latino-americanos, um avanço na inflação, além de desvalorização do Real frente ao Dólar, trazem impulsos ao setor. A questão que diferencia o Brasil é ter uma economia muito menos instável e bem maior e mais diversificada que os vizinhos.
Se tornou uma alternativa à aquisição de dólares para se proteger da desvalorização da moeda e da compra de criptoativos. Assim, muitas exchanges tem olhado com outros olhos para o país. Dessa maneira, é possível que permaneça a tendência de crescimento desse mercado nos próximos anos.
Conclusão: o que o Brasil precisa para se manter na liderança, na adoção de bitcoins, na América Latina?
Como os rankings de adoção de bitcoins ao redor do mundo mostram, não há relação necessária entre o tamanho da economia e adoção de bitcoins. Porém, não se trata de algo desconsiderável, assim como fatores macroeconômicos (inflação, valorização de moeda etc.).
Dessa maneira, a resposta a essa pergunta proposta neste subtítulo aponta duas frentes. A primeira é seguir com os desafios de corrigir distorções e desequilíbrios históricos da economia brasileira. Em paralelo, cabe ainda avançar na regulação das criptomoedas, aumentando a segurança jurídica com negócios que as envolvam. Assim, é possível sustentar sua liderança regional na adoção de bitcoins.
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