Sam Altman, CEO da OpenAI e considerado o “pai” do ChatGPT, testemunhou perante um comitê do Congresso dos EUA. Durante a audiência, ele foi questionado sobre a OpenAI e os impactos resultantes da explosão da tecnologia de IA desde o lançamento do chatbot em 2022. O evento é uma resposta à investigação dos legisladores sobre como regular esse novo tipo de tecnologia e seus desdobramentos. A discussão visa abordar as questões de regulamentação e responsabilidade relacionadas à inteligência artificial, buscando encontrar um equilíbrio entre o avanço tecnológico e a segurança da sociedade.
Durante a audiência no Congresso dos EUA, diversos temas foram discutidos em relação à inteligência artificial. Destacam-se os seguintes pontos:
1. O senador Richard Blumenthal apresentou uma declaração manipulada gerada pela IA para ressaltar os possíveis danos da tecnologia.
2. Sam Altman, CEO da OpenAI, afirmou que a IA tem o potencial de enfrentar grandes desafios da humanidade, como a mudança climática e a cura do câncer.
3. Altman e outras testemunhas concordaram que a regulamentação governamental é crucial para o futuro da indústria de IA.
4. O professor Gary Marcus, um crítico da IA, destacou a importância de uma agência reguladora em nível de gabinete para supervisionar o setor, proposta que recebeu apoio de Altman.
5. Altman mencionou que os avanços da IA terão um impacto significativo na força de trabalho, mas ressaltou que os modelos atuais são ferramentas e não criaturas.
6. A questão do impacto da IA na música foi levantada, e Altman enfatizou a importância de permitir que os criadores de conteúdo opinem sobre o uso de suas vozes e conteúdos protegidos por direitos autorais nos treinamentos dos modelos de IA.
7. Christina Montgomery, diretora de privacidade e confiança da IBM, destacou que as regras da União Europeia sobre IA são contextualmente reguladas e podem servir como referência para os EUA.
8. Blumenthal enfatizou que as empresas de IA devem adotar uma abordagem de “não causar danos” e reconheceu que o desenvolvimento da IA continuará, mesmo antes de uma regulamentação completa.
Após os questionamentos dos senadores, Blumenthal mencionou questões adicionais que não foram abordadas, como monopolização, segurança nacional e os detalhes específicos da nova agência reguladora sugerida pelo professor Marcus e apoiada por Altman.
A audiência teve início com um consenso geral sobre a necessidade de regulamentação da inteligência artificial (IA). Sam Altman, CEO da OpenAI, destacou os avanços positivos proporcionados pelo ChatGPT e outras ferramentas da empresa, ressaltando que a IA pode ajudar a enfrentar desafios importantes, como a mudança climática e a cura do câncer. No entanto, Altman enfatizou a importância da regulamentação governamental à medida que a tecnologia avança, mencionando que a intervenção regulatória é crucial para mitigar os riscos associados a modelos cada vez mais poderosos.
Altman também enfatizou a responsabilidade das empresas e a importância de desenvolver a IA com princípios democráticos em mente. A segunda testemunha, Christina Montgomery, diretora de privacidade e confiança da IBM, concordou que os avanços recentes na IA levantam questões sérias sobre seu impacto na sociedade e destacou a necessidade de abordar problemas como preconceito, desinformação e uso indevido.
O professor Gary Marcus, em sua declaração, expressou preocupação com a segurança das pessoas diante dos avanços da IA. Ele também mencionou a dívida da OpenAI com a Microsoft, um dos principais financiadores da empresa, apontando que sua missão inicial de beneficiar a humanidade pode estar comprometida.
Esses depoimentos iniciais foram seguidos por um interrogatório dos participantes, abordando temas como regulamentação, responsabilidade das empresas e os impactos sociais da IA.
Durante a audiência, vários pontos relacionados à inteligência artificial (IA), ChatGPT e afins foram abordados pelos senadores. Aqui estão as principais perguntas levantadas:
1. Desenvolvimento de IA: Altman foi questionado sobre seus maiores receios em relação aos avanços da IA, e ele destacou a preocupação com o impacto significativo nos empregos, embora seja difícil prever exatamente qual será esse impacto. Ele também enfatizou que o ChatGPT, incluindo o GPT-4, deve ser visto como uma ferramenta controlada pelas pessoas, voltada para tarefas específicas, e não como uma entidade autônoma.
2. Responsabilização das empresas: Um senador mencionou a responsabilização das empresas de mídia social por problemas em suas plataformas e perguntou como isso poderia ser aplicado à IA. Altman expressou a disposição de colaborar com o governo para resolver essa questão e enfatizou a importância de uma estrutura de responsabilidade em torno do uso da tecnologia de IA.
3. Impactos na arte e criação de conteúdo: Altman foi questionado sobre como os músicos e outros criadores de conteúdo podem esperar que seus trabalhos sejam usados para treinar futuros modelos de IA. Ele respondeu que os proprietários de conteúdo devem receber benefícios significativos ao terem seus trabalhos usados para treinar modelos de IA e também devem ter controle sobre o uso de suas músicas, imagens protegidas por direitos autorais, vozes e semelhanças.
4. Efeito da IA na democracia: Um senador expressou preocupação com o potencial de uso da IA para minar a confiança nos valores democráticos e na sociedade livre. Montgomery, da IBM, afirmou que os EUA deveriam considerar o exemplo da União Europeia, que possui regulamentações de IA contextualizadas, adaptadas aos diferentes riscos. Ela destacou a importância de ter regras diferentes para diferentes riscos.
5. Regulamentação da IA: A regulamentação da IA foi amplamente discutida na audiência. Gary Marcus propôs a criação de uma nova agência governamental em nível de gabinete para lidar com a regulamentação da IA. No entanto, Montgomery discordou, afirmando que as autoridades reguladoras existentes têm capacidade para lidar com a regulamentação, embora seja necessário aumentar seu financiamento. Altman concordou que a regulamentação é necessária e pediu aos senadores que tomem medidas nesse sentido.
Na audiência, Altman atuou como porta-voz para empresas que estão avançando no desenvolvimento e implantação de chatbots e outras ferramentas baseadas em IA para o público. Sua posição como CEO da OpenAI e sua influência na área o colocaram no centro do debate sobre a IA e seus impactos.
Quem é Sam Altman?
Sam Altman é um empreendedor e investidor de tecnologia, conhecido por seu papel como CEO da OpenAI, uma empresa de pesquisa em inteligência artificial. Ele nasceu em 22 de abril de 1985 em Chicago, Illinois, nos Estados Unidos.
Altman estudou ciência da computação na Universidade de Stanford, mas abandonou o curso antes de se formar para se concentrar em suas atividades empreendedoras. Em 2005, co-fundou a Loopt, uma startup de redes sociais baseada em localização, que foi adquirida pela Green Dot Corporation em 2012.
Além de seu trabalho com a OpenAI, Altman é um investidor ativo no setor de tecnologia. Ele foi presidente da startup aceleradora Y Combinator, uma das mais renomadas do Vale do Silício, onde investiu e orientou várias empresas de tecnologia em seus estágios iniciais. Altman também é conhecido por seu envolvimento em projetos e iniciativas relacionados ao futuro da inteligência artificial, ética em tecnologia e renda básica universal.
Sua posição como CEO da OpenAI e suas opiniões influentes sobre o desenvolvimento da IA o tornaram uma figura proeminente no campo da tecnologia e um defensor da regulamentação responsável da IA.
De acordo com BBC e The Washington Post.
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