Um bafômetro é uma ferramenta útil para detectar o consumo de álcool, mas e os opióides? Não seria igualmente útil ter um bafômetro para drogas?
Agora, uma equipe da Universidade da Califórnia projetou um teste para detectar drogas opióides na respiração, uma espécie de bafômetro para opióides. O teste pode ser usado em vários cenários de casos.
“Existem algumas maneiras pelas quais achamos que isso pode impactar a sociedade”, disse a professora Cristina Davis, presidente do Departamento de Engenharia Mecânica e Aeroespacial da UC Davis, que liderou a pesquisa junto com o professor Michael Schivo, do Centro Médico UC Davis.
O novo bafômetro poderá oferecer uma opção menos invasiva do que os exames de sangue para os profissionais médicos monitorarem os pacientes para garantir que estão tomando seus medicamentos corretamente, que seus medicamentos prescritos estão sendo metabolizados adequadamente e que não estão tomando medicamentos adicionais. Também poderá ser usado como um teste eficaz para o uso ilegal das drogas pelo pessoal da aplicação da lei.
O teste exige que o sujeito respire em um dispositivo de coleta especializado. Gotas na respiração condensam e são armazenadas em um freezer. A equipe de Davis usa a espectrometria de massa para identificar traços potenciais de drogas nas amostras.
A equipe testou seu novo bafômetro em um grupo de pacientes que receberam infusões de analgésicos, incluindo morfina e hidromorfona no Centro Médico da UC Davis. Isso lhes deu a oportunidade de comparar seus metabólitos opióides coletados na respiração com as amostras de sangue e as doses dadas aos pacientes.
“Podemos ver a droga original e os metabólitos na respiração exalada”, disse Davis.
No entanto, antes que o novo teste possa ser totalmente validado, serão necessários mais dados de grupos maiores de pacientes. Davis agora espera realizar pesquisas em tempo real, testes de cabeceira. E isso não é tudo.
Seu laboratório está trabalhando para ampliar as aplicações potenciais para detectar pequenas quantidades de produtos químicos por diferentes avenidas. Exemplos de outros testes incluem o diagnóstico de influenza em pessoas e a doença de esverdeamento cítrico em árvores frutíferas.
Seu trabalho é descrito em um artigo publicado no Journal of Breath Research em 3 de outubro.
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