Em 2024, uma tempestade solar prevista pelo pesquisador da Universidade George Mason, Peter Becker (Virgínia, Estados Unidos), autor de um sistema de detecção de atividade solar, poderia resultar em um amplo impacto, causando um potencial “apagão” na internet global.
De acordo com Becker, a internet atingiu sua maturidade durante um período de relativa calmaria solar, mas agora enfrenta a entrada em uma fase mais ativa do sol. O pesquisador destaca que nossa crescente dependência da internet representa um sério desafio diante da possibilidade de um apagão, enfatizando a importância de estar preparado para potenciais consequências significativas.
O professor expressa preocupação com a possibilidade de uma ejeção de massa coronal (CME), grandes erupções de gás ionizado a altas temperaturas, atingir a Terra e perturbar o campo magnético do planeta.
Inicialmente prevista para julho de 2025, Becker descobriu que uma tempestade mais intensa pode ocorrer já no próximo ano.
Em resposta a essa ameaça, o pesquisador está colaborando em um projeto com o Laboratório de Pesquisa Naval e a Universidade George Mason para desenvolver um sistema de alerta. Becker destaca a importância do tempo, afirmando que, com um aviso, é possível colocar satélites em modo de segurança, proporcionando oportunidades para mitigar potenciais problemas.
A ejeção de massa coronal do Sol pode seguir em direção ao espaço, mas caso sua trajetória seja direcionada à Terra, os sensores locais terão um período de 18 a 24 horas para detectar as partículas antes que interfiram no campo magnético.
Além disso, sistemas cruciais para a sociedade, como a rede elétrica, os cabos de fibra ótica e o sistema de navegação GPS, bem como satélites de comunicação, podem ser impactados por esse fenômeno.
Tempestades solares são eventos relativamente comuns. Ejeções de campo coronal, como as mencionadas, ocorrem periodicamente no Sol. Uma das ocorrências mais recentes aconteceu em fevereiro deste ano, quando uma sonda da NASA identificou mais de 28 ejeções de massa coronal (CMEs).
É importante notar que, desta vez, a erupção estava direcionada à Terra, mas não causou danos aos sistemas de comunicação. No entanto, as auroras boreais tornaram-se mais intensas, coloridas e visíveis em regiões como Idaho e Nova York, nos Estados Unidos.
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