Recentemente, um composto de potássio e carbono (K3C60) se destacou entre materiais exóticos ao demonstrar supercondutividade fotoinduzida, revelando-se capaz de se tornar um supercondutor quando exposto a um feixe de luz.
O K3C60, um supercondutor orgânico à base de carbono da família dos fulerenos, conhecidos como moléculas “bola de futebol”, demonstrou supercondutividade fotoinduzida por um laser, desafiando as expectativas, já que o carbono normalmente não é um bom condutor de eletricidade. Pesquisadores do Instituto Max Planck para a Estrutura e Dinâmica da Matéria, na Alemanha, agora revelaram que essa capacidade de ativar a supercondutividade com um feixe de laser pode ser integrada em um chip, oferecendo perspectivas para aplicações optoeletrônicas, especialmente em novas arquiteturas de computação com luz.
Eryin Wang e sua equipe estabeleceram a conexão de filmes finos de K3C60 a interruptores fotocondutores com guias de onda co-planares. Ao utilizar um pulso de laser visível para acionar a chave, eles direcionaram um poderoso pulso de corrente elétrica pelo material, com uma duração de apenas um picossegundo. Viajando a aproximadamente metade da velocidade da luz através do sólido, o pulso de corrente atingiu outro interruptor, funcionando como detector, que revelou as características elétricas distintivas da supercondutividade.
Os dados também indicaram que a resposta elétrica do K3C60 fotoexcitado é não linear, demonstrando que a resistência da amostra é dependente da corrente aplicada. Essa característica fundamental da supercondutividade valida observações anteriores e oferece novas informações sobre a física e as potenciais aplicações desses filmes finos orgânicos.
Embora ainda esteja em estágio de pesquisa fundamental, a perspectiva de integrar a supercondutividade em chips optoeletrônicos sugere a viabilidade de fabricar circuitos integrados de alta velocidade, abrangendo plataformas fotônicas e até mesmo a computação quântica.
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