O satélite brasileiro SCD-1 estabeleceu um recorde mundial ao se tornar o satélite com a maior vida operacional. Lançado em 9 de fevereiro de 1993, o SCD-1 ultrapassou o tempo de operação contínua do GeoTail, primeira missão conjunta entre a NASA (Agência Espacial Americana) e a JAXA (Agência Espacial Japonesa).
A cada dia em operação, o SCD-1 estabelece um novo recorde, já que o GeoTail já não está mais operacional. No dia 17 de junho, o satélite brasileiro quebrou o recorde ao completar 30 anos, 4 meses e 4 dias em operação.
O SCD-1 continua cumprindo sua função de receber dados ambientais coletados por várias plataformas distribuídas pelo território brasileiro e retransmitir essas informações para as estações terrestres em Cuiabá (MT) e Natal (RN). Os dados são armazenados em um sistema nacional e disponibilizados para os usuários.
Embora tenha ocorrido um avanço significativo no desenvolvimento e na tecnologia dos satélites desde o lançamento do SCD-1, tornando-os mais compactos e eficientes, também houve um aumento na complexidade e na delicadeza dos equipamentos, resultando em uma diminuição na vida útil dos satélites. Portanto, é improvável que o recorde do SCD-1 seja superado, especialmente considerando o aumento das demandas e funcionalidades exigidas dos satélites atualmente.
Sem sistema de propulsão, o SCD-1 não pode ser descomissionado e retirado da órbita. Sua vida operacional dependerá da ocorrência de uma falha importante que impeça a comunicação com as antenas em solo. Embora a velocidade de rotação do satélite esteja diminuindo devido a fatores ambientais externos, não é possível prever sua longevidade, pois a perda de estabilização pode levar ao fim de sua vida operacional.
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