A empresa de telecomunicações Starlink, pertencente ao bilionário Elon Musk, está avançando com um plano há muito tempo aguardado: oferecer acesso direto à internet em dispositivos móveis, eliminando a necessidade de antenas ou roteadores adicionais. Uma nova seção dedicada a esse serviço foi recentemente adicionada ao site oficial da empresa, alimentando a expectativa de que o “Starlink Direct to Cell” possa entrar em operação nos próximos meses.
Este serviço será compatível com smartphones que utilizam a tecnologia LTE, comumente referida como 4G no Brasil.
A Starlink anunciou uma parceria com a operadora T-Mobile dos Estados Unidos em agosto de 2022, e após mais de um ano de silêncio, agora parece que a ideia está prestes a se concretizar.
A divisão de telecomunicações da SpaceX planeja oferecer comunicação por mensagens de texto já em 2024, permitindo que os usuários utilizem seus smartphones compatíveis apontando-os para o céu a fim de captar o sinal do satélite mais próximo da região, cumprindo a promessa de conectividade via satélite em dispositivos móveis.

Apesar das oportunidades apresentadas por essa forma de conexão, é importante considerar algumas limitações. A mais evidente está relacionada à necessidade de linha de visada; ou seja, não é possível estabelecer uma conexão com um satélite quando o dispositivo móvel se encontra em ambientes fechados.
Ademais, as experiências atuais indicam que a velocidade da rede ainda é relativamente lenta. Durante um teste de serviço SOS via satélite da Apple com o iPhone 14 em San Francisco, EUA, observou-se que a troca de mensagens pode demorar vários segundos, o que contrasta com a comunicação praticamente instantânea a que estamos acostumados.
A nova página no site da Starlink sugere que o serviço “Direct to Cell” pode evoluir para incluir navegação na web e chamadas de voz no futuro. Além de conectar smartphones, a empresa de Elon Musk tem planos de ampliar a conectividade para dispositivos de Internet das Coisas (IoT) até 2025.
A Starlink publicou um esquema ilustrando a estrutura do “Starlink Direct to Cell”, em que um celular “sem modificações” se comunica diretamente com a rede de satélites da empresa, que, por sua vez, conecta-se à infraestrutura terrestre de uma operadora parceira e aos servidores de voz, texto e dados, seguindo o trajeto convencional da internet.

Para alcançar esse resultado, a empresa incorpora um modem eNodeB nos satélites, embora nem todos ainda estejam equipados com esse novo hardware. É importante observar que esse equipamento não é algo novo, pois as operadoras de telefonia já o utilizam para fornecer sinais 4G. O custo do serviço “Direct to Cell” ainda não foi divulgado. A Starlink oferece internet de alta velocidade no Brasil através de assinaturas com preços que variam de R$ 236 (plano Standard) a R$ 838 (plano Priority), além da necessidade de adquirir equipamentos da empresa por R$ 2.000.
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