Pesquisadores australianos tornaram viável a aplicação industrial da tecnologia de resfriamento radiativo, que proporciona refrigeração passiva, permitindo que o calor seja dissipado para o espaço sem a necessidade de consumo de energia elétrica.
[Imagem: Keng-Te Lin et al.]
Os pesquisadores, liderados por Keng-Te Lin da Universidade RMIT, conseguiram desenvolver um material ultrafino, similar a um filme plástico, através de um processo de fabricação padrão da indústria, conhecido como “rolo a rolo”. Isso possibilita a produção em larga escala com custos bastante reduzidos.
Este filme ultrafino, que pode ser facilmente integrado em diversas aplicações, como tanques de água, roupas de proteção ou capas de veículos, demonstrou excelente desempenho de resfriamento. Além disso, o material é capaz de absorver e emitir calor de maneira omnidirecional, oferecendo flexibilidade, escalabilidade e estabilidade, prometendo tornar as aplicações práticas de gerenciamento térmico uma realidade.
Essa inovação, que combina tecnologia de resfriamento radiativo com um processo de fabricação eficiente, abre novas possibilidades para a indústria e promete revolucionar o resfriamento de diversos dispositivos e sistemas.

Os filmes poliméricos, embora apresentem características vantajosas, como baixa absorção solar, alta emissividade em janelas de transparência atmosférica, custo acessível e escalabilidade, possuem limitações em termos de absorção intrínseca de luz sem engenharia nanoestrutural. A incorporação de partículas aleatórias pode melhorar o controle espectral, mas alcançar um espectro preciso ainda representa um desafio.
Por outro lado, os resfriadores radiativos baseados em metamateriais têm demonstrado grande capacidade de controle espectral, porém, devido à utilização de substratos rígidos espessos, não são adequados para integração em objetos com formas variadas e possuem limitações em termos de área de aplicação prática.
A equipe de pesquisadores australianos conseguiu combinar as vantagens dessas duas abordagens, criando um resfriador radiativo híbrido, denominado PMRC (Polimer Radiative Cooling Metasurface). Esse material, com apenas 50 micrômetros de espessura, reflete eficazmente a luz solar e emite radiação térmica nas janelas de transparência atmosférica, proporcionando um notável desempenho de refrigeração ao longo do dia.
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