Uma pesquisa recente da IDC Brasil apontou que o mercado de smartphones no Brasil registrou uma queda nos primeiros três meses de 2023, seguindo uma tendência de declínio anterior. De acordo com o relatório, as vendas de celulares no país no primeiro trimestre deste ano apresentaram uma diminuição de 11% em relação ao mesmo período do ano passado.
No total, foram vendidos 9,94 milhões de smartphones e feature phones no país, representando uma redução de 1,24 milhão de unidades em comparação com o início de 2022. Além disso, a receita gerada pelas vendas atingiu R$ 15,2 bilhões, o que corresponde a uma diminuição de 32,8% em relação ao início do ano anterior. A queda na condição financeira dos brasileiros nesse período é considerada uma das principais razões para esses números no mercado nacional.
A analista de Pesquisa e Consultoria de Consumer Devices da IDC Brasil, Andréia Chopra, destaca que, devido à expectativa de que os consumidores não teriam a mesma condição financeira no início de 2023, alguns dos principais fabricantes optaram por disponibilizar um maior volume de modelos mais baratos ou realizar promoções.
Além disso, de acordo com a IDC, a queda na receita não se deve apenas à menor quantidade de dispositivos comercializados, mas também a uma redução no preço médio dos aparelhos. No período de janeiro a março de 2023, os smartphones na faixa de preço de R$ 700 a R$ 999 foram os preferidos dos consumidores, representando 26% do total de vendas nesse segmento. O preço médio dos aparelhos, que diminuiu 24,4%, ficou em torno de R$ 1.589.
Um fator adicional que influencia esses resultados é a busca do público por smartphones com suporte à tecnologia 5G, o que se torna cada vez mais viável com a redução gradual dos preços dos dispositivos compatíveis.
Embora a categoria de feature phones esteja em declínio, com menor demanda por celulares com funcionalidades mais básicas, e o chamado mercado cinza, de importações por meio de intermediários ou vendedores não oficiais, também tenha diminuído, a IDC ressalta que essas são tendências pontuais e não representam uma tendência geral.
O relatório também prevê um desempenho similar ou até mesmo inferior para o segundo trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2022. No entanto, é possível observar indícios de que os brasileiros já estão considerando a troca de seus dispositivos, talvez mais próximo do final do ano.
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