Cientistas russos trabalham para o desenvolvimento de novos sistemas que têm como finalidade que naves não precisem de luz nem de painéis solares.
A Agência Espacial Federal Russa (Roscosmos) revelou em um vídeo postado na segunda-feira em sua página no Facebook como é a aparência externa de sua nova nave espacial com usina nuclear.
“Atualmente, o Centro Keldysh está trabalhando no desenvolvimento de naves espaciais com motores mais potentes, novas instalações nucleares de geração, que não necessitam de eletricidade ou painéis solares”, explicou gravação.
De acordo com a RIA Novosti, desde 2010, um projeto vem sendo desenvolvido na Rússia, consistindo na criação de um módulo de transporte de energia baseado em sistemas de energia nuclear do tipo megawatt.
O centro Keldysh e Roscosmos são responsáveis pelo motor desta nave, enquanto o escritório de design Arsenal é responsável pelo desenvolvimento de sua aplicação, diz Informe21.
Segundo Koshlakov, diretor-geral do Centro de Pesquisas Keldysh, os foguetes funcionarão essencialmente da mesma maneira que qualquer usina nuclear. A fonte de energia aquece um líquido – neste caso, o metano criogênico – para produzir gás, que é então convertido por uma turbina em energia elétrica. A corrente resultante então alimenta os sistemas e motores da espaçonave.
Anteriormente, a agência nuclear russa Rosatom anunciou que tinha a intenção de fabricar até 2018 um modelo experimental de usina nuclear do tipo megavatio com o propósito de ser usado no espaço exterior. Não é a primeira vez que a Rússia usa energia nuclear neste setor.
Entre 1970 e 1988, a União Soviética lançou 32 naves espaciais com instalações de energia nuclear termelétrica, e entre 1960 e 1980 foi desenvolvido e testado um míssil nuclear motor no local de teste Semipalatinsk no nordeste do Cazaquistão.
Embora essas viagens espaciais movidas a energia nuclear sejam descritas como “viáveis em um futuro próximo”, não devemos nos animar ainda. Talvez tenhamos que esperar um bom tempo para ver foguetes com motores nucleares, já que Koshlakov confirmou que a tecnologia não seria usada para os foguetes Soyuz-5 planejados para serem concluídos em 2022, ou até mesmo o foguete Soyuz-5 Super Heavy atualmente previsto para um lançamento em 2028.
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