No final do ano passado foi publicado no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, Decreto Municipal que atualizou em 4,6% os valores unitários do metro quadrado de terreno e construção de imóveis, tanto residenciais quanto verticais, da capital paulista. Dentre as localidades, uma das que mais sofreu aumento foi a região da 25 de Março, que passou a ter um dos metros quadrados mais caros da metrópole, variando entre R$ 11.437,31/m² e R$ 21.478,47/m².
Para entender o porquê de uma das regiões mais populares de São Paulo ter valores de metro quadrado superiores a bairros nobres como Jardim Paulista (R$ 10.889,74/m²) e Higienópolis (R$ 9.456,43/m²), os engenheiros, Paulo Palmieri Magri e Antonio Carvalho Neto fizeram um estudo para analisar as razões do alto patamar.
Magri destaca que a localização da rua no centro da cidade de São Paulo, próxima a estação de metrô São Bento, e ainda com relativa proximidade de locais como o Mercado Municipal, e a Praça da Sé, tornou a Rua 25 de Março não apenas um polo comercial, como também um importante centro turístico.
Outros indicadores relevantes desse aumento são o volume de vendas e movimentação comercial em épocas sazonais importantes para o comércio, e a taxa de emprego, tendo em vista as milhares de pessoas diretamente envolvidas com o comércio local. Esses dois elementos pautam indicadores de preço e inflação, à medida que, por tratar-se de um centro comercial mais barato e acessível, a região é vista como uma medida do termômetro do impacto da inflação e do poder de compra da população.
“O objetivo do estudo foi para entender o porquê de a região ser muito valorizada. A maioria das dos peritos avaliadores desconhecem essa valorização, e o artigo serve para que se possa ter uma análise macroeconômica e um cenário imobiliário apurado de uma das regiões mais importantes da cidade de São Paulo,” finaliza Magri.
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