Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Sydney e Sorbonne revela uma intrigante conexão entre as órbitas de Marte e da Terra, e os efeitos resultantes nas profundezas dos oceanos. Investigando registros geológicos submarinos, os pesquisadores identificaram ciclos de mudanças nas correntes marítimas a cada 2,4 milhões de anos, desencadeados pelas interações gravitacionais entre os dois planetas.
Esses achados, liderados pela autora Adriana Dutkiewicz, desvendam um fenômeno denominado de “grande ciclo”, que impacta o clima terrestre ao longo de períodos geológicos. Contrariamente à crença anterior, a pesquisa sugere que as variações climáticas associadas a esses ciclos não estão relacionadas à atividade humana, mas sim às oscilações orbitais entre Marte e a Terra.
Ao examinar evidências sedimentares em 239 locais submarinos em todo o mundo, os cientistas observaram 387 rupturas nos sedimentos, indicando alterações na velocidade das correntes oceânicas ao longo de 70 milhões de anos. Essas descobertas respaldam a teoria de que as forças gravitacionais de Marte exercem uma influência sutil, porém significativa, nas correntes marinhas, afetando indiretamente o clima terrestre.
Embora alguns pesquisadores, como Matthew England da Universidade de New South Wales, questionem a magnitude da influência de Marte devido à sua fraca gravidade em comparação com o Sol e até mesmo Júpiter, os resultados sugerem uma correlação entre as variações climáticas e os movimentos orbitais planetários.
No entanto, é importante destacar que, apesar dessas descobertas, as mudanças climáticas induzidas pela atividade humana continuam sendo a principal causa das alterações climáticas observadas atualmente, incluindo o derretimento das calotas polares e a redução na circulação oceânica.
Fonte: Nature Communications; Via: University of Sydney, NewScientist
Achou útil essa informação? Compartilhe com seus amigos! 😉
Deixe-nos a sua opinião aqui nos comentários.
Sigam o A Ciência do Universo no Instagram! @cienciasdouniverso 🔭