Um estudo recente, publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, revelou a identificação de uma superterra, denominada TOI-715b, orbitando uma estrela anã vermelha a uma distância de “apenas” 137 anos-luz da Terra. Com aproximadamente 1,55 vezes o raio do nosso planeta, TOI-715b está situado dentro da zona habitável da estrela.
No mesmo sistema, os astrônomos identificaram um segundo planeta com o tamanho da Terra. Sua confirmação marcaria a menor zona habitável descoberta até o momento pelo Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito da NASA (TESS).
A zona habitável, conforme definida pelo estudo, representa uma região teórica ao redor de uma estrela onde um planeta semelhante à Terra poderia manter água líquida em sua superfície.
No caso deste novo planeta, o conceito se aplica, apesar de sua órbita estreita de apenas 19 dias. Portanto, isso se deve à natureza de sua estrela, TOI-715, uma anã vermelha de luminosidade significativamente mais fraca que a do nosso Sol.
Avanços na descoberta de exoplanetas em zonas habitáveis
O artigo destaca que o Telescópio Espacial James Webb (JWST) inaugurou recentemente uma nova era na caracterização atmosférica detalhada de exoplanetas, abrindo um novo capítulo na compreensão dos planetas que circundam estrelas além do nosso sistema solar.
As avançadas ferramentas a bordo do JWST não só possibilitam a detecção desses mundos distantes, mas também permitem a revelação de algumas de suas características, como a composição de suas atmosferas. Essa capacidade é fundamental para identificar indícios que possam indicar a presença de vida extraterrestre.
Além disso, desde 2014, os cientistas refinaram o conceito rudimentar de “zona habitável” para “zona habitável conservadora” (CHZ em inglês). Porém esta definição descreve uma faixa específica em torno de uma estrela na qual um planeta pode receber uma quantidade de radiação solar variando entre 0,42 e 0,842 em comparação com a Terra.
Superterra e sua estrela: Esperança para planetas habitáveis emergentes
O sistema TOI-715, um pouco mais antigo que o nosso Sol, com aproximadamente 6,6 bilhões de anos, junto com sua superterra, segundo os autores, oferece a melhor perspectiva para a descoberta de planetas habitáveis.
As anãs vermelhas, por serem menores e mais frias, possibilitam que seus planetas permaneçam na zona habitável. Sua proximidade orbital resulta em frequências mais elevadas de trânsitos, tornando-os alvos observáveis com maior facilidade através de telescópios espaciais.
Mas para estudos mais aprofundados, o planeta TOI-715b aguarda a aplicação da espectroscopia aquática pelo JWST. Caso os resultados confirmem a viabilidade habitável, será possível obter uma compreensão mais precisa sobre o raio e a composição desses exoplanetas.
Fontes: NASA / Universe Today / Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
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