Uma nova pesquisa publicada sobre o meteorito Winchcombe, que caiu em uma garagem em Winchcombe, Gloucestershire, no ano de 2021, liderada pela Dra. Queenie Chan, do Departamento de Ciências da Terra da Royal Holloway, Universidade de Londres, revelou a presença de compostos orgânicos no meteorito. Estes compostos, que são fundamentais para a origem da vida, sugerem que o meteorito foi parte de um asteroide onde ocorreu água líquida e que reações químicas podem ter ocorrido, levando à formação de aminoácidos e proteínas, os blocos de construção da vida.
O meteorito Winchcombe é uma raridade entre os meteoritos condriticos, pois é rico em carbono, sendo encontrado em apenas 4% dos meteoritos recuperados e possuindo até 3,5% de seu peso em carbono. Ele também é o primeiro meteorito desse tipo a ser encontrado no Reino Unido, tendo sido visto caindo pelo céu por mais de 1.000 testemunhas e sendo filmado por várias câmeras.
A equipe de pesquisa liderada pela Dra. Queenie Chan, do Departamento de Ciências da Terra da Royal Holloway, Universidade de Londres, encontrou que a abundância de aminoácidos no meteorito Winchcombe é dez vezes menor do que outros tipos de meteoritos condritico carbonáceos, o que foi um desafio para estudar devido aos baixos níveis de detecção de aminoácidos. No entanto, com o meteorito sendo recuperado e estudado rapidamente, a equipe foi capaz de analisar a estrutura orgânica e o conteúdo do meteorito antes de sua interação com o ambiente terrestre. A matéria orgânica encontrada sugere que o meteorito Winchcombe pode representar uma classe única e inédita de meteorito.
A Dra. Queenie Chan, da Royal Holloway, Universidade de Londres, disse:
O meteorito Winchcombe pertence a uma classe rara de meteoritos carbonáceos, que geralmente contém uma rica variedade de compostos orgânicos e água. A primeira amostra do meteorito foi recuperada 12 horas após o evento de queda e cuidadosamente tratada para evitar qualquer contaminação terrestre. Isso nos permitiu estudar a verdadeira assinatura orgânica do próprio meteorito.
O artigo foi publicado na revista Meteoritics & Planetary Science.
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