A pesquisa, liderada por Felix Lang, da Universidade de Potsdam, na Alemanha, foi publicada na revista Device. Os pesquisadores utilizaram simuladores de regolito, criados pela NASA, para reproduzir as condições do solo lunar. Esse material foi derretido com luz solar concentrada, formando um tipo de vidro batizado de Moonglass.
Esse vidro lunar, quando combinado com perovskita — um cristal conhecido por sua alta eficiência na captação de luz —, dá origem a células solares resistentes à radiação cósmica e ideais para o ambiente hostil da Lua. Além disso, sua cor naturalmente marrom evita o escurecimento causado por longas exposições à luz espacial, aumentando a durabilidade dos painéis solares.
Apesar de os protótipos atuais ainda converterem apenas 10% da luz em energia, os cientistas já conseguiram resultados de até 23% em testes laboratoriais com melhorias no processo. Para comparação, painéis solares tradicionais utilizados no espaço chegam a 40% de eficiência. No entanto, a possibilidade de produzir os painéis diretamente na Lua, usando recursos locais, compensa essa diferença.
A maior vantagem é a redução drástica nos custos e na logística de missões espaciais. A fabricação de painéis solares lunares no próprio satélite natural pode reduzir em até 99% o peso das cargas transportadas da Terra — um fator crucial para missões prolongadas ou permanentes.
Os próximos passos incluem testes em ambiente lunar real. Os pesquisadores planejam uma missão experimental no polo sul da Lua, onde há maior incidência solar e presença de água congelada — ideal para sustentar futuras colônias humanas.
Se a tecnologia for bem-sucedida, a geração de energia solar na Lua com materiais locais pode se tornar a base para a exploração de outros planetas, iniciando uma nova era da independência energética fora da Terra.
Com informações de Gizmodo.
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