Sabemos que um dos principais problemas que o mundo terá no futuro será a escassez de água potável. Com a destruição dos recursos naturais e altos níveis de poluição, será cada vez mais difícil acessar o precioso líquido. É por isso que muitos vem tentando projetar métodos para tentar purificá-la.
No entanto, nenhum método pode ser tão impressionante quanto o desenvolvido por cientistas chineses recentemente. Em um documento publicado na revista Chem, pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências de Pequim e da Universidade Yangzhou apresentam uma nova maneira de purificar a água usando principalmente a luz solar.
O desenvolvimento envolve uma folha de um composto chamado nitreto de carbono grafítico. Quando usado, este material seria capaz de purificar até 10 litros de água em apenas uma hora. Além disso, seria tão eficaz que eliminaria 99,9999% das bactérias presentes.
O que mais chama a atenção nesse curioso material é que ele só precisaria usar a luz do sol para completar sua missão. Portanto, seria considerado um meio amigável para o meio ambiente. Isso, ao contrário de outros métodos amplamente utilizados, como cloração ou desinfecção com ozônio.
Como funciona?
Este tipo de limpeza é conhecido como desinfecção fotocatalítica ou fotocatálise. Basicamente, uma substância chamada fotocatalisador é usada para absorver a luz e acelerar as reações de oxigênio que ocorrem na água. Essas reações produzem moléculas chamadas de espécies reativas de oxigênio (ROS). Desde que eles são realmente eficazes em matar bactérias, o líquido torna-se potável.
O problema é que muitos catalisadores acabam jogando lixo metálico na água. Por outro lado, existem catalisadores não metálicos, como o grafeno, que não geram ROS suficientes para fazer uma purificação completa.
O material desenvolvido pelos pesquisadores produz ROS suficientes para matar bactérias sem gerar toxicidade na água. Além disso, tem sido indicado um grande potencial para absorver energia e é ultrafino. Sua eficácia é incrível: em testes, conseguiu matar 99,9999% da bactéria Escherichia coli em uma amostra de 50 mililitros em apenas 30 minutos.
Além disso, os autores apontam que tal sistema não seria complicado de reproduzir em larga escala. O nitreto de carbono gráfico pode ser sintetizado a um custo relativamente baixo.
No entanto, isso não significa que esta seja a resposta final para a purificação da água. Embora já seja capaz de matar bactérias, ele deve ser combinada com outros sistemas que possam eliminar outros contaminantes. Por exemplo, íons de metais pesados ou outros resíduos.
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