Além de serem extensivamente utilizadas na comunicação, as ondas de rádio, que compõem uma vasta parte do espectro eletromagnético, são igualmente emitidas por todo o universo. Frequentemente, os radiotelescópios desempenham um papel crucial ao possibilitar a identificação de propriedades de objetos cósmicos, tornando-se instrumentos fundamentais na astronomia.
A seguir, descubra um pouco mais sobre a presença das ondas de rádio no universo e como são empregadas na astronomia.
No vasto universo, objetos astronômicos que possuem matéria na forma de plasma, composto por elétrons e prótons, têm a capacidade de emitir ondas de rádio. Isso ocorre porque, assim como outras formas de radiação eletromagnética, as ondas de rádio são geradas por partículas carregadas que estão sendo aceleradas.
Os campos magnéticos desempenham um papel crucial nesse processo, pois são altamente eficientes para acelerar essas partículas. Esses campos magnéticos guiam as partículas ao longo de filamentos tão extensos que podem percorrer distâncias impressionantes, alcançando até mesmo escalas interestelares ou intergalácticas. Essa dinâmica é fundamental para a compreensão da emissão de ondas de rádio provenientes de diversas fontes cósmicas na astronomia.
Os campos magnéticos presentes em objetos astronômicos, como estrelas de nêutrons, possuem proporções colossais, conferindo a esses corpos a posição de algumas das maiores fontes de rádio no universo.
A prática da radioastronomia permitiu aos cientistas explorar diversas características desses corpos celestes que, de outra forma, não poderiam ser identificadas. Em linhas gerais, os pesquisadores utilizam faixas de frequência que variam de 300 MHz a 300 GHz para localizar emissores de rádio dentro da galáxia. Esse método oferece uma janela única para investigar e compreender fenômenos astronômicos, destacando-se como uma ferramenta valiosa na exploração do cosmos.
Alguns dos objetos que liberam ondas de rádio no universo incluem:
- Estrelas: Algumas estrelas, como gigantes vermelhas, são eficientes emissoras de ondas de rádio. No entanto, estrelas em fases ativas de vida não são fontes proeminentes desse tipo de radiação. Pelo contrário, estrelas mortas, como anãs brancas, estrelas de nêutrons e pulsares, possuem campos magnéticos mais intensos, gerando ondas de rádio durante a interação com partículas carregadas.
- Supernovas: Resultantes da explosão de estrelas massivas ao final de seus ciclos, as supernovas também podem ser emissores de ondas de rádio. O estudo desses eventos proporciona uma compreensão mais aprofundada da atividade no interior remanescente dessas estrelas.
- Quasares: Abreviação de “fontes de rádio quase estelares”, os quasares são constituídos por buracos negros supermassivos localizados no centro de suas galáxias. Considerados os objetos mais energéticos do universo, os quasares são melhor detectados através das ondas de rádio, proporcionando valiosas informações sobre esses fenômenos cósmicos.
Rajadas Rápidas de Rádio (FRBs), um dos fenômenos mais enigmáticos do universo, manifestam-se como breves e altamente energéticos flashes, representando um mistério intrigante.
Estas rajadas liberam uma quantidade de energia que supera a do Sol em três dias, tudo concentrado em apenas um milissegundo, constituindo um dos brilhos mais intensos já observados em ondas de rádio. Embora várias dessas rajadas tenham sido identificadas, atualmente não existe uma teoria ou modelo cosmológico que explique plenamente esses eventos.
Até o momento, os magnetares, uma classe de estrelas de nêutrons caracterizadas por possuírem os campos magnéticos mais poderosos do universo, são considerados um dos principais suspeitos na emissão dessas rajadas rápidas de rádio. A detecção das FRBs é possível apenas por meio da monitorização do céu utilizando grandes radiotelescópios.
Com informações de Olhar Digital.
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