Em meados de 1687, Isaac Newton postulou que a gravidade é a força atraindo objetos para a Terra e regendo o movimento orbital, até que Albert Einstein, séculos depois, desenvolveu a Teoria da Relatividade Geral, ampliando as respostas. Contudo, cientistas da Universidade Sejong, na Coreia do Sul, recentemente publicaram um estudo desafiando as conclusões de Einstein e Newton.
O artigo, publicado na revista científica The Astrophysics Journal, apresenta evidências que sugerem uma potencial nova teoria da gravidade. Essa teoria poderá abordar fenômenos não explicados por Einstein ou Newton, como a gravidade em buracos negros ou as ondas gravitacionais.
Os pesquisadores sul-coreanos observaram dados convincentes indicando que sistemas estelares binários se movem até 40% mais rápido do que previsto por Einstein e Newton em baixas acelerações. Essa aceleração pode ser entendida pela teoria AQUAL, fundamentada na dinâmica newtoniana modificada (MOND), constituindo uma evidência desafiadora à gravidade convencional em situações de aceleração fraca.
Ao analisar os dados cinemáticos de sistemas estelares binários no plano de aceleração, os pesquisadores observaram uma evidente e significativa ruptura na gravidade padrão de Newton-Einstein em acelerações fracas, alinhando-se surpreendentemente com as previsões da teoria AQUAL.
Examinando 26,5 mil pares de sistemas estelares binários, os cientistas notaram que alguns não seguiam a relatividade geral de Einstein ou a lei da gravidade de Newton. Eles consideram que a anomalia não se deve à presença de matéria escura, sugerindo que a teoria MOND, também conhecida como dinâmica Milgromiana, pode ser uma explicação mais adequada.
Embora o estudo não tenha desenvolvido uma nova teoria da gravidade, ele defende a teoria MOND, o que, se confirmado, terá amplo impacto nas disciplinas de física, astrofísica e cosmologia.
“Desde o princípio, ficou claro para mim que a gravidade poderia ser testada de forma mais direta e eficaz através do cálculo de acelerações, pois o campo gravitacional em si é uma forma de aceleração. Minhas investigações recentes sobre curvas de rotação galáctica me conduziram a essa concepção. Discos galácticos e sistemas estelares binários compartilham certas semelhanças em suas órbitas, embora os binários largos sigam trajetórias altamente elípticas, ao passo que partículas de hidrogênio em um disco galáctico trilham órbitas praticamente circulares”, afirmou o professor Kyu-Hyun Chae, da Universidade Sejong.
Apesar das evidências sugerirem um resultado inovador, Chae destacou a necessidade de confirmações adicionais do estudo, embora os resultados pareçam autênticos.
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