O eminente físico britânico, Peter Higgs, nos deixou aos 94 anos, na última segunda-feira (8). Reconhecido com o Prêmio Nobel de Física, Higgs ocupava a posição de professor emérito na Universidade de Edimburgo.
Nascido em Elswick, um distrito de Newcastle, Inglaterra, Higgs teve sua inspiração inicial nos trabalhos do laureado Nobel de Física, Paul Dirac, ex-aluno da Cotham Grammar School, em Bristol, onde ele próprio frequentou durante um período.
Iniciando sua jornada acadêmica aos 17 anos na City of London School, Higgs se especializou em matemática, seguido por seus estudos em física no King’s College London, onde se graduou com honras. Em 1954, concluiu seu doutorado com a tese “Alguns Problemas na Teoria da Vibração Molecular”, antes de assumir a cátedra de Teoria Física na Universidade de Edimburgo em 1980.
O legado mais notável de Higgs reside na previsão e descoberta do bóson que leva seu nome, uma partícula subatômica fundamental que desempenha um papel crucial na teoria explicativa da origem da massa de outras partículas elementares. Esta previsão, feita na década de 1960 como parte do Modelo Padrão da física de partículas, tornou-se uma das conquistas mais significativas na história da física moderna.
Essa partícula está associada a um campo – o campo de Higgs – que permeia todo o espaço e é responsável por conferir massa às partículas elementares através de suas interações. A confirmação experimental da existência do bóson de Higgs em 2012, no Grande Colisor de Hádrons (LHC) no CERN, Suíça, foi um marco monumental, fornecendo evidências cruciais para a teoria subjacente sobre a origem da massa.
Em reconhecimento a esse feito, no ano seguinte, Higgs compartilhou o Prêmio Nobel de Física com François Englert. Sua partida representa uma perda significativa para a comunidade científica. A Universidade de Edimburgo confirmou seu falecimento e pediu respeitosamente privacidade para sua família neste momento difícil.
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