O paradoxo da constante cosmológica de Einstein: reavaliando sua teoria da imobilidade do universo diante de evidências convincentes de sua expansão, questionando se foi realmente um grande equívoco ou simplesmente uma questão de resistência.
A teoria da Gravitação Universal de Isaac Newton, proposta em 1687, governou nosso entendimento sobre o universo e a gravidade por mais de 200 anos. Segundo Newton, se o Sol desaparecesse, a estabilidade seria perdida e nos encontraríamos como bolinhas de gude rolando sem direção pelo espaço.
Porém, em 1905, essa narrativa mudou drasticamente quando Einstein propôs as teorias da Relatividade Especial e da Relatividade Geral (1915). Segundo a Relatividade Especial, não existe um referencial absoluto no espaço, e nada pode se mover mais rápido do que a luz no universo.
Já a Relatividade Geral descreve um universo quadrimensional em que tempo e espaço se unem e se curvam devido à influência gravitacional dos corpos celestes, inclusive a luz. Essa teoria causou grande agitação no mundo da física e foi posta à prova em 1919 durante um eclipse solar em Sobral, Ceará, confirmando as previsões de Einstein.
O equívoco de Einstein
A constante cosmológica, criada por Einstein para explicar um universo que não entrasse em colapso, foi objeto de estudo por vários físicos e matemáticos que, ao ampliar os próprios cálculos de Einstein, chegaram à conclusão de um universo em expansão.
No entanto, Einstein não aceitou essa nova perspectiva e se tornou um crítico ferrenho dessa hipótese, admitindo que havia cometido um erro ao propor tal força. Ao invés de estabilizar o universo, a constante cosmológica, atualmente, é utilizada para explicar a expansão do cosmos com base no estudo da energia escura.
O equívoco de Albert Einstein foi seu orgulho em não admitir a possibilidade de um universo em movimento. Se Galileu estivesse vivo, certamente diria a Einstein: “Eppur si muove” (e, no entanto, ele se move).
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