Uma estrela gigante chegou ao fim de sua vida há cerca de 11 mil anos, explodindo em uma espetacular supernova. Os vestígios dessa explosão cósmica, conhecidos como Remanescente de Supernova da Vela, foram recentemente capturados em uma imagem de alta resolução pela câmera DECam do telescópio Víctor M. Blanco, revelando um espetáculo celestial em detalhes impressionantes.
Esta imagem de 1,3 gigapixels é uma das maiores já produzidas deste objeto cósmico. A tecnologia avançada dos filtros da DECam permitiu a captura de diferentes comprimentos de onda, destacando os filamentos característicos do remanescente de supernova em tons de vermelho, amarelo e azul.
O retrato colorido revela os vestígios do colapso estelar, onde o núcleo da estrela, após liberar suas camadas externas, transformou-se em uma estrela de nêutrons, agora conhecida como Pulsar da Vela. Este objeto extremamente denso, localizado no canto inferior esquerdo da imagem, é uma reminiscência do poder e da energia da estrela original.
O Pulsar da Vela é uma pequena esfera incrivelmente densa, onde uma massa comparável à do Sol está compactada em poucos quilômetros de diâmetro. Apesar de sua relativa escuridão na imagem, este pulsar emite feixes de radiação periodicamente devido ao seu intenso campo magnético, girando rapidamente em torno de seu próprio eixo.
Situado a aproximadamente 800 anos-luz da Terra, o Remanescente da Vela é um dos remanescentes de supernova mais próximos de nós. Sua estrutura estendida por quase 100 anos-luz, o equivalente a 20 vezes o diâmetro da Lua cheia, testemunha a magnitude do evento que o originou.
Formado pela violenta perda das camadas externas da estrela durante a supernova, o Remanescente da Vela continua a expandir-se pelo meio interestelar. A onda de choque resultante interage com o gás interestelar, formando os distintos filamentos azuis e amarelos que adornam a imagem, um lembrete duradouro da grandiosidade do universo e dos processos cósmicos em constante evolução.
Fonte: NOIRLab
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