Na madrugada de sexta-feira para sábado, uma tempestade solar de proporções épicas pintou os céus de diferentes partes do mundo com um espetáculo celestial deslumbrante. A maior tempestade solar em quase duas décadas desencadeou um fenômeno extraordinário: auroras boreais foram avistadas em boa parte da Europa e dos Estados Unidos, enquanto as raras auroras austrais iluminaram o hemisfério sul.
Registros das auroras austrais foram capturados na Argentina e no Chile, em regiões remotas do sul do continente, como na Patagônia chilena e na cidade de Ushuaia, na Terra do Fogo. Este evento extraordinário, considerado raro, só foi visível em áreas próximas ao polo sul do planeta.
O Serviço Meteorológico Nacional da Argentina celebrou o fenômeno como histórico, descrevendo-o como um caso sem precedentes. “Este é o primeiro registro de auroras tão ao norte da Antártida”, comentou o órgão em uma postagem nas redes sociais.
Na Europa, as auroras boreais foram avistadas em quase todo o continente, principalmente em países do norte, como Reino Unido, Hungria, Suíça e até mesmo Portugal. Segundo o site MetSul, as luzes puderam ser observadas até mesmo ao sul da Itália, próximo ao Mar Mediterrâneo.
O que são Auroras Boreais?
Mas o que são as auroras? Elas são um fenômeno óptico que se manifesta como uma cortina luminosa no céu noturno, acompanhando o campo magnético da Terra. São mais comuns nas regiões próximas aos polos norte (auroras boreais) e sul (auroras austrais) do planeta.
Esse espetáculo colorido é resultado da interação entre partículas carregadas do Sol e as moléculas da atmosfera terrestre. A coloração avermelhada, registrada em muitas das auroras austrais desta noite, por exemplo, é causada pelo contato das cargas solares com o oxigênio em altitudes elevadas. No entanto, a coloração pode variar dependendo dos gases presentes e da altitude desses elementos.
As auroras deste final de semana foram desencadeadas pela grande tempestade solar que já havia sido detectada dias antes. Esta tempestade, considerada a maior dos últimos 19 anos, explica como até mesmo regiões onde o fenômeno não é comum, como o hemisfério sul, puderam testemunhar esse espetáculo.
Durante os últimos dias, a gigantesca mancha solar AR3664 desencadeou várias erupções que produziram ejeções de massa coronal (CME), ou seja, enormes nuvens de partículas carregadas viajando em alta velocidade em direção ao espaço. Segundo o instituto MetSul, essa mancha tinha cerca de 200 mil quilômetros de largura – mais de 15 vezes o diâmetro da Terra.
Foram essas partículas que originaram as auroras. No total, seis CMEs foram lançadas em direção à Terra pela mancha AR3664, e a tempestade atual foi causada pela primeira delas. Portanto, outras podem ocorrer ainda neste fim de semana.
Fonte: Canal Tech
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