As condições da Terra estão intrinsecamente ligadas a várias forças naturais, incluindo a radiação solar. No entanto, a Lua também desempenha um papel crucial na dinâmica da Terra, especialmente por meio da atração gravitacional que gera as marés, resultando em movimentos planetários e variações nas regiões oceânicas.
Durante muito tempo, os humanos não tinham conhecimento de que a Lua estava gradualmente se distanciando da Terra, e isso influenciou a concepção do mês como uma medida baseada nos ciclos lunares. Afinal, a olho nu, é praticamente impossível perceber qualquer alteração significativa nesse processo.
De acordo com informações reunidas por cientistas, há um longo histórico de afastamento gradual entre as órbitas da Lua e da Terra, com dados precisos obtidos pelo Lunar Laser Ranging Experiment (LLR) indicando que o satélite natural se move aproximadamente 3,8 centímetros para longe da Terra a cada ano.
Para entender melhor esse fenômeno contínuo, o TecMundo compilou informações de especialistas e cientistas na área.
Uma das teorias amplamente reconhecidas é que a Lua se formou após uma colisão há cerca de 4,5 bilhões de anos, envolvendo um corpo celeste conhecido como Theia e a Terra. Após essa colisão, uma grande quantidade de material terrestre foi expulsa para o espaço e, posteriormente, devido à atração gravitacional, esse material se agregou para formar a Lua, nosso brilhante satélite natural.
A força gravitacional da Lua é o principal fator responsável pelo seu afastamento anual de 3,8 centímetros da Terra. Essa força gera protuberâncias na Terra, criando um desequilíbrio que gradualmente retarda a rotação do nosso planeta. Como resultado desse processo, a Terra está perdendo energia e momento angular, o que, por sua vez, causa o lento afastamento da Lua.
Em termos mais simples, a taxa de rotação da Terra afeta diretamente o momento angular do sistema composto pela Terra e a Lua. Quando a Terra gira mais rapidamente, o momento angular é maior, o que está ligado à interação gravitacional com a Lua. Por outro lado, quando a rotação é mais lenta, o momento angular diminui. Para manter o momento angular constante, a Lua precisa se afastar gradualmente da Terra.
Como explicou a astrofísica Madelyn Broome, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, “Não é apenas a taxa de rotação que afeta o momento angular. A distância em relação ao centro do sistema também é crucial. Quando algo está mais próximo, o momento angular do sistema aumenta, enquanto o momento angular diminui quando está mais distante. À medida que a rotação da Terra diminui, para manter o momento angular constante, é necessário que algo, como a Lua, se afaste do sistema”.
É fundamental ressaltar que, muito provavelmente, a humanidade não enfrentará problemas significativos devido ao afastamento da Lua, já que o satélite nunca estará completamente livre de nossa órbita. O cenário mais plausível no futuro é que, eventualmente, o Sol se transforme em uma gigante vermelha e, nesse processo, envolva tanto a Lua quanto a Terra em seu destino final.
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